O presidente do Sindicado dos trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), João Custódio Silva, nega que professores não estejam se vacinando, como apontou a Prefeitura de Cuiabá e o Estado. Ele alega desencontro de informações que acaba prejudicando os profissionais da educação.
Segundo o sindicalista, ele mesmo fez um levantamento pessoal em 22 escolas públicas de Cuiabá e constatou que entre 15 e 20 pessoas não vacinaram. Isso ocorreu por problemas burocráticos ou de doença, mas o volume de não vacinados é muito baixo.
Segundo ele, o número divulgado por Cuiabá de que 1541 profissionais da Educação não teriam vacinado é equivocada.
“O que pode ter ocorrido é que professores chamados em concurso ou contratados tenham feito o agendamento, mas não conseguiram a comprovação de que são efetivos na escola para poder vacinar. Ou também tenham vacinado fora de Cuiabá”, explicou o presidente ao .
Em vídeo encaminhado ao , o sindicalista destaca o esforço feito pela categoria para conseguir vacinar e destaca que quem não for imunizado não irá voltar à sala de aula. “O direito coletivo não sobrepõe o direito individual. Tem que tomar vacina”, destacou.
“Quero lembrar cada um da importância de tomar vacina. Quero lembrar o esforço de muitos para tomar vacina, que não é o esforço do genocida (presidente Bolsonaro). A gente tem que respeitar isso. Não é só isso. O direito coletivo sobrepõe o direito individual. Eu posso até não tomar vacina quando eu vivo isolado, mas eu não tenho esse direito quando convive com pessoas. Porque se trata de saúde coletiva”, ressaltou o sindicalista.
João Custódio ressalta que a sala de aula é um espaço coletivo e que é preciso preservar a saúde de professores e alunos, que vão lidar com pais e colegas. Ele ainda pontua que pode haver sansões para quem não vacinar, desde não receber atribuições de aulas, a ser impedido de viajar.
Segundo informações da Prefeitura de Cuiabá, só no mês de junho 11 mil pessoas agendadas não compareceram para vacinar. O que corresponde a mil faltosos por dia no grupo prioritário. Até o momento, o grupo com maior número de abstenções é o que reúne os profissionais da Educação, com 1.541 faltas.