O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alexandre Corrêa Mendes, oficializou a demissão do soldado Pablo Plinio Mosqueiro Aguiar, condenado a 31 anos, 1 mês e 20 dias de prisão por envolvimento no grupo de extermínio conhecido como “Mercenários”. A demissão foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta segunda-feira, 5.
A partir de agora, o ex-militar tem o prazo de cinco dias para entregar o fardamento e apetrechos pertinentes ao exercício da profissão.
O caso não é recente, mas Pablo só poderia perder a função pública após o trânsito em julgado, que ocorreu no dia 9 do mês passado.
Inicialmente, ele foi condenado a 33 anos e 3 meses de prisão pelo júri popular, mas conseguiu reduzir a pena após recorrer ao Tribunal de Justiça.
A participação de Pablo, segundo os autos, foi emprestar a moto de sua esposa aos executores do grupo. Contra ele pesaram as acusações de homicídio qualificado contra Luciano Militão da Silva e pela tentativa de assassinato contra Célia Regina Duarte.
O caso Mercenários consistiu em um grupo de extermínio que agia sob encomenda em Cuiabá e Várzea Grande. Não há um número certo de vítimas do grupo, mas estima-se que dezenas de pessoas tenham perdido a vida nas mãos dos criminosos.
O grupo possuía aparatos sofisticados, como rádio amador, silenciador para armas e veículos com placas frias. A organização era composta por policiais militares e pessoas da sociedade civil.
Mario
Quarta-Feira, 07 de Setembro de 2022, 14h36