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APITO FINAL

TJ mantém prisão de advogado que orientava compra de imóveis pelo CV-MT

Profissional alega criminalização da advocacia

DIEGO FREDERICI
Da Redação

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A Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMT) manteve a prisão do advogado Jonas Cândido da Silva, apontado como “testa de ferro” de Paulo Witer, o “WT”, que seria uma espécie de “tesoureiro” da facção criminosa “Comando Vermelho”. Jonas participou da negociação de um apartamento localizado em Itapema (SC), um dos destinos mais procurados pelos turistas no litoral catarinense.

Os magistrados da Primeira Câmara seguiram por unanimidade o voto do desembargador Marcos Machado, relator de um habeas corpus ingressado pela defesa de Jonas Cândido contra a prisão. A sessão de julgamento ocorreu na tarde desta terça-feira (11).

Nos autos, a defesa alegou uma suposta “tentativa de criminalizar” o exercício da advocacia prestada por Jonas como “consultor imobiliário” de “WT” na compra do apartamento. Em seu voto, o desembargador Marcos Machado lembrou que o “Advogado do CV” agiu em nome da organização criminosa, participando, inclusive, da negociação do imóvel.

“Aquisição em outro Estado da Federação, transação vultosa em espécie, arrecadada justamente em comércio ilícito de drogas. Assim sendo, não reconheço a suficiência de medidas cautelares em substituição à prisão preventiva”, afirmou o desembargador. De acordo com a Polícia Judiciária Civil (PJC), Paulo Witer usava o tempo de futebol amador “Amigos do WT” como forma de lavar dinheiro do crime organizado.

Ele foi preso em Maceió (AL) com o jogador Alex Junior Santos Alencar, onde acompanhava um campeonato, no fim do mês de março de 2024, e é apontado como “tesoureiro” do “Comando Vermelho”. A operação cumpriu 25 mandados de prisão e 29 de busca e apreensão, além da indisponibilidade de 33 imóveis, sequestro de 45 veículos e bloqueio de 25 contas bancárias ligadas a um esquema de R$ 65 milhões.

A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da PJC, revela que Paulo Witer “usava” diversas pessoas - incluindo amigos, familiares e advogados participantes como “laranjas” -, para adquirir imóveis, comprar e vender veículos, e também atuar na locação de automóveis. 

Conforme as investigações, mesmo sem ter renda lícita, os investigados são dois BMW X5, um Volvo CX 60, uma Toyota Hilux, duas VW Amarok, um Jeep Commander, um Mitsubishi Eclipse e um Pajero, além de diversos Toyota Corolla.

 





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