Prestes a completar um ano do início das obras no Portão do Inferno e de mais de 26% dos trabalhos executados, com mais de R$ 9,3 milhões pagos, o governo de Mato Grosso suspendeu as modificações do local. O projeto, que consistia no retaludamento, corte do paredão rochoso, foi descartado após o estado admitir falhas nos estudos técnicos que embasaram a intervenção. Segundo Mapa de Obras da Secretaria de Estado de Infraestrutura, a obra, que iniciou em agosto de 2024, tinha valor inicial de R$ 29,5 milhões.
O contrato sofreu aditivo de mais de R$ 8 milhões, passando a custar R$ 37,6 milhões. Aditivos de prazos também foram acrescentados. A previsão de conclusão era dezembro do ano passado. O prazo foi estendido para abril deste ano e, em seguida, para agosto. Agora, a obra está parada, tendo o governo apresentado como melhor alternativa a construção de um túnel. No entanto, em um estudo feito por vários técnicos, entre eles o secretário da Sinfra, Marcelo Oliveira, a construção do túnel foi apontada como mais demorada, de maior complexidade e traz como empecilho a falta de empresa capacitada para construção.
“Será o primeiro túnel executado no Estado do Mato Grosso. Existem empresas nacionais capacitadas, porém dificuldade de disponibilidade de empresas locais com expertise, eventual consórcio com empresas locais poderá haver transferência de tecnologias. Túnel de baixa cobertura e maior complexidade de execução”, diz trecho do estudo.
O projeto destaca que a obra é de maior custo comparando com outras soluções, com necessidade de eventual empresa com expertise na execução de túneis. Mas destaca que a proposta permite a manutenção do maciço existente, popularmente conhecido como mirante do Portão do Inferno que se constitui como arte da cultura regional.
“O tempo para execução da obra é maior que o retaludamento, necessitando a manutenção da estrada atual, problema de risco ao usuário permanece durante a obra, impactando o dia a dia da comunidade de Chapada dos Guimarães, com eventual diminuição da receita devido ao impacto direto sobre o fluxo de turistas. Demanda tratamento, mitigação e monitoramento dos taludes atuais da rodovia”, aponta outro trecho.
OLIVIO NETO
Domingo, 29 de Junho de 2025, 14h53Tijucão
Domingo, 29 de Junho de 2025, 14h06DINHEIRO PUBLICO
Domingo, 29 de Junho de 2025, 12h17edmar
Domingo, 29 de Junho de 2025, 12h02APOLINARIO GENTIL USKNOV
Domingo, 29 de Junho de 2025, 11h52Barao
Domingo, 29 de Junho de 2025, 11h34Ricardo
Domingo, 29 de Junho de 2025, 11h25