A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) realizou nesta quarta-feira (06.03) a consulta informal com toda a comunidade acadêmica para escolha da próxima gestão da reitoria. Aproximadamente sete mil pessoas em todo o Estado participaram do pleito. A eleição contou com o apoio do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) que fez a configuração e empréstimo de 41 urnas eletrônicas.
Pelo regramento da consulta, caso nenhuma das quatro chapas que concorrem ao pleito alcance a maioria dos votos (50%+1), haverá uma nova eleição entre as duas chapas mais votadas, respeitando a proporcionalidade entre trabalhadores técnicos, docentes e estudantes. Após a divulgação do resultado, que deve acontecer ainda nesta quinta-feira (07), a chapa vencedora irá compor a lista tríplice, em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolherá os nomes e fará a nomeação.
Essa é a oitava vez que a comunidade acadêmica vai às eleições com as urnas do TRE-MT. Com um histórico longo de parceria entre as instituições, os empréstimos ocorrem desde 1992. Para o estudante Denilson Darc Silva de Oliveira, 23 anos, do curso de História, essa parceria entre as instituições fortalece a democracia da Universidade, pois “oferece mais tecnologia, por se tratar das urnas eletrônicas, que é o que a gente tem de mais avançado em quesito eleitoral no nosso país, e eu acho que é um processo mais rápido, de maior agilidade”, comparou com o modelo de votação em cédulas.
O momento é importante para a comunidade acadêmica. Conforme a professora do curso de Geografia, Meire Rose dos Anjos Oliveira, 48 anos, que atuou como fiscal de chapa, a Universidade preza pela conquista da democracia e a escolha de representantes é um exercício da cidadania. Para ela, contar com as urnas eletrônicas significa uma eleição informatizada e mais confiável. Como explicou, a eleição representa, também, um movimento de debate, pois “mobiliza estudantes, professores, técnicos e, para isso, a gente discute a universidade. Então, acaba sendo um momento de discussão sobre o que é a universidade e o seu papel.
Para o estudante de Ciências Sociais, Leonardo Rondon de Souza, 26 anos, que ingressou na UFMT em 2017, essa é a primeira vez que ele tem a oportunidade de escolher e votar em uma chapa. Como narrou, esse é um momento significativo e importante para ele como estudante: “Agora estou tendo a segurança de participar do processo de democracia junto com um sistema que é confiável, mundialmente confiável, então é duplamente fortalecido esse processo”.
Contar com as urnas eletrônicas é também contar com um processo mais prático e mais rápido. Para a professora do curso de Química, Michelle Fernanda Brugnnera, 39 anos, as urnas possibilitam uma apuração mais confiável e ágil do resultado. A apuração é feita pela Comissão de Consulta, após o término das votações as urnas foram levadas para o Sindicato dos Trabalhadores Técnicos Administrativos em Educação da UFMT (SINTUF). Conforme a professora do curso de Pedagogia, Ozerina Victor de Oliveira, 56 anos, que também atuou como fiscal de chapa, esse é um momento emocionante, pois é acompanhado pelos discentes, docentes, corpo técnico e chapas concorrentes. Como professora, ela explicou que espera que neste ano, o resultado seja respeitado internamente e externamente pelo presidente da República, responsável pela escolha da lista tríplice e nomeação.