Cidades Quarta-Feira, 18 de Agosto de 2021, 15h:14 | Atualizado:

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SECA

União reconhece situação de emergência em Chapada

 

Ianara Garcia
TVCA

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A Defesa Civil Nacional reconheceu em portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) a situação de emergência decretada pela prefeitura de Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, no sábado (14), devido à seca que afeta o município.

Após a publicação do reconhecimento federal no DOU, o município pode solicitar recursos para ações de combate à seca na região. Ministério do Desenvolvimento Regional informou que não recebeu qualquer pedido de recurso por parte da prefeitura até agora.

Com o decreto de situação de emergência, o município deve ampliar o número de caminhões pipa para atender as comunidades rurais que que são as mais impactadas pela seca.

A água da cachoeira Véu de Noiva sai do córrego Coxipó Mirim que, atualmente, está praticamente seco. Outros córregos do municípios estão na mesma situação.

As regiões mais afetadas com o período de estiagem são as comunidades da zona rural. São mais de 70 comunidades em Chapada dos Guimarães. Dessas, pelo menos 22 correm o risco de ficarem totalmente desabastecidas.

De acordo com o agricultor Marcos Sguarezi, que cultiva hortaliças e hortifrútis no Vale da Benção, houve uma redução de mais de 80% da capacidade de produção por causa da falta de água.

"Não tem água disponível para que a gente faça as irrigações e manutenção das culturas. Isso, fatalmente, implica também no rendimento das famílias envolvidas no processo. Isso é muito triste. Mesmo com todos os esforços, não estamos dando conta da produção", contou.

Segundo o diretor do Sistema Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), Anderson Alves Murtinho, a zona rural está sendo mais afetada que a cidade devido aos efeitos climáticos do estado. "A explicação para isso é a escassez da água na zona rural. Os córregos estão secando e o pessoal da zona rural está padecendo. Estamos dando suporte a eles por meio do abastecimento com caminhão pipa, semanalmente", explicou.

O agricultor Marcos disse que a comunidade teme que o abastecimento chegue em níveis ainda mais críticos. "Não temos mais água para irrigação e a preocupação é que, talvez, daqui uns dias, não teremos nem mais para consumo", pontuou.

A prefeitura argumenta que o decreto é necessário por causa da falta de chuvas regulares no município, que sofre desde o começo de julho com a seca. A administração diz ainda que teve despesas extraordinárias de R$ 80 mil, e que esses gastos podem chegar a R$ 622 mil até acabar o período de estiagem.

 





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