A vereadora Michelly Alencar (DEM) denunciou valores abusivos nas taxas de guincho e pátio cobradas pela Prefeitura de Cuiabá dos cidadãos que têm veículo apreendido por alguma irregularidade. Conforme a vereadora, a capital cobra um dos maiores valores do Brasil.
Esse serviço é realizado por uma empresa terceirizada contratada pela Prefeitura em 2018, que recebe 83,59% de tudo que é arrecadado, repassando apenas 16,41% ao município. Em abril deste ano, conforme informações divulgadas no Diário Oficial, o Executivo renovou esse contrato por mais dois anos e meio.
A Prefeitura e a Rodando Legal cobram R$ 49,00 pela diária de pátio de motos, R$ 75,00 de carros. Já o valor da remoção, que é o guincho, custa R$ 110,00 para moto e R$ e 140,00 para carro. Em comparação com o Detran-MT, por exemplo, a diária de pátio de moto é de R$ 7 reais e a de carro é R$ 11,00.
Como exemplo da situação abusiva, a vereadora conta a história de um homem que teve a moto guinchada em fevereiro deste ano pela falta de pagamento de IPVA e licenciamento. O pagamento dessas taxas e a multa somaram R$ 1.100,00. Ao tentar tirar a moto do pátio da Rodando Legal três meses depois da apreensão, foi cobrado mais cerca de R$4.500 do cidadão referente ao guincho e diária de pátio.
“Isso é um desrespeito com o cidadão cuiabano. Estamos passando por uma grave crise econômica e Prefeitura cobrando esses preços abusivos, uma das maiores taxas do Brasil. Muitas famílias estão perdendo seu automóvel porque o preço total da diária muitas vezes é maior que o valor do veículo. Nós queremos a revisão imediata deste contrato e redução dos valores”, disse a vereadora.
Uma ação de representação de natureza externa apresentada pelo ex-vereador Marcelo Bussiki tramita no Tribunal de Contas do Estado (TCE) questionando esse contrato. A vereadora irá solicitar celeridade no julgamento do caso.
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Segunda-Feira, 07 de Junho de 2021, 15h42Ggm
Segunda-Feira, 07 de Junho de 2021, 15h10