Cultura Sexta-Feira, 13 de Maio de 2016, 11h:38 | Atualizado:

Sexta-Feira, 13 de Maio de 2016, 11h:38 | Atualizado:

DIREITO DO CONSUMIDOR

MPE investiga cinema de shopping em VG

 

ALINE ALMEIDA
Diário de Cuiabá

Compartilhar

WhatsApp Facebook google plus

shoppingvgnoite.jpg

 

O Ministério Público Estadual, por meio da 6ª Promotoria de Defesa da Cidadania do Consumidor em Várzea Grande, instaurou inquérito civil em desfavor da Cineflix (Redecine BSB Cinematográfica Ltda.). A medida visa a apurar a violação ao direito do acesso gratuito às pessoas com necessidades especiais e do benefício do pagamento de meia-entrada para o acompanhante. 

A rede de cinema está instalada no Várzea Grande Shopping. Segundo uma consumidora, quando esteve no estabelecimento para assistir um filme, a administração da Cineflix negou direitos. Segundo ela, o filho é portador de necessidades especiais, tendo acesso gratuito e ela, por ser acompanhante, teria direito a meia-entrada. 

No entanto, nenhum benefício teria sido garantido. “Ainda que se tratasse de dia promocional, onde todos pagam meia-entrada, é certo que a pessoa com deficiência faria jus à isenção, assim como a genitora acompanhante necessária teria direito ao pagamento da metade do preço do ingresso efetivamente cobrado do público em geral, ou seja, metade da meia-entrada”, destacou Rodrigo de Araújo Braga, promotor responsável pela ação. 

O promotor lembra ainda que a Lei Estadual n° 9.310/2010 assegura às pessoas portadoras de necessidades especiais o acesso gratuito em eventos socioculturais em locais públicos e privados de Mato Grosso. Quanto à meia-entrada dos acompanhantes, Rodrigo Braga lembra que a Lei n° 12.933/2013 dispõe deste benefício quando necessário o acompanhamento. 

A portaria foi assinada pelo promotor no dia 10 de maio. Visando apurar a denúncia e garantir os interesses das pessoas com deficiência o Ministério Público estabeleceu prazo de 15 dias para empresa prestar informações. Dentre os esclarecimentos, o promotor requer cópia do contrato social atualizado, identificação dos funcionários e seus respectivos cargos, esclarecimentos de quais funcionários deliberam sobre a isenção e direito a meia-entrada. 

Pede também esclarecimentos a respeito de treinamentos de funcionários, lista de funcionários que trabalharam no dia 29 de março (quando o fato aconteceu), forma de cobrança adotada pela empresa em relação aos portadores de necessidades especiais e seus acompanhantes, entre outros. 

O Várzea Grande Shopping esclareceu, por meio de nota, que quem responde ao questionamento e a esse inquérito civil do Ministério Público é a rede Cineflix, que é responsável pela operação das salas de cinema no shopping. “O empreendimento não possui qualquer ingerência sobre suas lojas, sendo de responsabilidade exclusiva das mesmas os procedimentos, normas e condutas adotados nos seus estabelecimentos”, destacou. 

A rede Cineflix, por sua vez, disse que ainda não foi oficiada formalmente sobre o inquérito e que só recebeu cópia digitalizada por parte do shopping. Ressaltou ainda que já encaminhou o caso ao departamento jurídico e que, se necessário, irá tomar todas as medidas cabíveis. 

A rede de cinemas também garantiu que cumpre todas as obrigações quanto às instalações adaptadas para receber esse público, com espaço apropriado, rampas de acesso e assento para acompanhantes. 





Postar um novo comentário





Comentários (3)

  • Eliza

    Sexta-Feira, 13 de Maio de 2016, 17h41
  • Jeferson, a pessoa já nasce com algo que jamais poderá "consertar". Pense bem. Mais amor, por favor.
    0
    0



  • vitor

    Sexta-Feira, 13 de Maio de 2016, 16h33
  • Jeferson Matos. santa ignorância, direito é direito , aqui, em Poconé, Livramento, Japão por isso existe a lei que ampara o portador de necessidades especias, ele não vai chegando e entrando.
    0
    0



  • JEFERSON MATOS

    Sexta-Feira, 13 de Maio de 2016, 11h54
  • Utilizar da deficiência pra não pagar pela diversão é errado. Pra ver um filme de heróis e utilizar esse argumento da deficiência é errado. Se fosse pra comprar um livro, tudo bem, mas ver filme? Aí é demais.
    4
    10











Copyright © 2018 Folhamax - Mais que Notícias, Fatos - Telefone: (65) 3028-6068 - Todos os direitos reservados.
Logo Trinix Internet