Comerciantes que mantinham brinquedos infantis na praça Dom Wunibaldo, em Chapada dos Guimarães (67 km ao Norte), estão indignados por não poder mais trabalhar no local. Há cerca de uma semana, fiscais da prefeitura ordenaram que todos deixassem o espaço e não retornassem mais, sob pena de multa.
No sábado (3), um grupo de trabalhadores fez protesto nas imediações da greja Nossa Senhora de Sant’Ana, na frente da praça, principal ponto turístico na área central da central, pedindo apoio da população e sensibilidade do prefeito Osmar Froner de Mello (MDB) para que autorizasse o retorno das atividades.
Com cartazes onde se lia “exigimos respeito” e “precisamos trabalhar”, os comerciantes ficaram por horas no local. Em vídeo, a dona de brinquedo, Raquel, contou como tiveram que sair do local repentinamente com ameaça de acionamento da polícia.
“Muitos clientes estão nos ligando, perguntando porque não estamos na praça mais. O dia que os fiscais mandaram a gente sair, tinha cliente nos brinquedos. Eles falaram para a gente não sair, para resistir, mas a gente achou melhor atender os fiscais”, relata a comerciante.
A mulher conta que tentou conversar com o prefeito para reverter a situação, mas sem sucesso. Outros manifestantes também relataram que o que houve foi “injustiça” e querem de volta o direito de trabalhar, pois os brinquedos são o “ganha pão” das famílias. “A gente tira todo o sustento da praça. Sem isso, como vamos sobreviver?”, apelou um manifestante.
A assessoria da Prefeitura de Chapada dos Guimarães foi procurada e informou que a retirada dos brinquedos foi em atendimento a uma decisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), com pedido do padre responsável pela igreja. Questionada sobre as barraquinhas de artesanato e comida que funcionam na praça, a assessoria informou que elas têm horário adequado para atender ao público e não são fixas no espaço.
Cidadão indignado
Terça-Feira, 13 de Julho de 2021, 16h36