O zoológico da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em Cuiabá só terá excursões escolares e visitas técnicas, após adequações no espaço físico do local serem concluídas. Recentemente, o espaço foi transformado em um Centro de Medicina e Pesquisa de Animais Silvestres (Cempas).
As visitas no ambiente serão monitoradas, como prevê a legislação ambiental, segundo a UFMT. O local estava embargado pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e as visitações suspensas desde maio, depois que dois macacos foram encontrados mortos.
À época, a Vigilância de Zoonoses de Cuiabá diagnosticou os animais mortos com febre amarela. Com o novo formato, o Cempas contará com uma área restrita para os animais resgatados da natureza, seja em acidentes ou vítimas de tráfico.
Com a mudança, parte dos animais que estavam acomodados na unidade já foram transferidos. Deste trabalho, 50 jabotis, cuja espécie está ameaçada de extinção saíram do Câmpus de Cuiabá e agora habitam um novo espaço, fora do cativeiro: o Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Além dos 50 jabotis, a UFMT também encaminhou animais como o gavião do penhasco, o gavião-pega-macaco, tucanos, patos do mato, urubus reis para unidades como o Zoológico e o Aquário, ambos da cidade de São Paulo, e o Criadouro Onça Pintada, em Curitiba (PR). Outros animais, cujas espécies sofrem ameaça de extinção, já estão ou com a situação de movimentação em avaliação pelo Ibama ou em início de tratativas com outras unidades de preservação.