Entre várias tentativas, a psicóloga e confeiteira de Sorocaba (SP) Carmen Vânia Ramires Ragozzini, de 38 anos, busca aperfeiçoar a habilidade de produzir bolos e cupcakes personalizados. Ela abriu o próprio negócio durante a pandemia e conseguiu obter sucesso nas vendas, especialmente com o sabor mais pedido: o chocolate.
Nesta quarta-feira (7) é celebrado o Dia Mundial do Chocolate. O consumo desse alimento aumentou em 2020, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas. A frequência de compra do consumidor brasileiro cresceu 9,3% no período, aumentando de 7,5 para 8,2.
O aumento na procura têm ajudado pequenos empreendedores que fazem do chocolate uma fonte de renda, como a Carmen. Em entrevista ao G1, ela explica que o bolo de brigadeiro se tornou o "queridinho do momento" e está entre os mais vendidos.
Carmen começou a montar o próprio negócio em novembro de 2020 para conseguir ter renda própria, já que parou com os atendimentos para cuidar do filho Lorenzo, de 4 anos, e dos pais, que são idosos.
"O bolo que mais sai é aquele 'céu de brigadeiro', é o carro-chefe com certeza. Eu nunca pensei que isso pudesse virar um negócio. A satisfação de ver um bolo pronto é muito boa, além do retorno das pessoas sobre como ficou."
Carmen é formada em psicologia desde 2008 e começou a atender pacientes com frequência em 2012, depois de se especializar em neuropsicologia.
Após o nascimento do filho, ela buscou conciliar os atendimentos com a rotina em casa, mas decidiu parar durante a pandemia e se dedicar apenas à família.
"Eu tenho um lado que eu gosto muito dos atendimentos. Na hora que eu conseguir colocar ele [filho] na escolinha, eu pretendo voltar aos poucos. Também penso em aumentar a produção dos bolos, mas eu estou aprendendo ainda. Eu fico muito perdida."
De acordo com Carmen, quando ela parou de trabalhar na área da psicologia, apenas fazia bolos para a família. Em certo dia, ela encontrou uma postagem no Instagram de um cupcake de flor e foi então que ela decidiu que queria aprender a produzir cupcakes personalizados.
"Eu fiquei encantada e comecei a fazer com chantily, mas foi um fracasso (risos). Depois eu vi algumas receitas na internet com buttercream e comecei a testar. Por causa da pandemia, eu enviava para amigas de presente e depois elas começaram a encomendar."
A internet foi uma grande ferramenta de aprendizado para Carmen, que aprendeu de forma autodidata a decorar os bolos. Segundo ela, essa possibilidade de garantir conhecimento por meio da plataforma também a ajudou a se "distrair" durante a pandemia.
"É como uma terapia, volta a autoestima, de se sentir bem consigo mesmo. Eu estava em um estado só cuidando dos outros, abrindo mão de tudo, e isso foi uma coisa que me ajudou. Você está ali fazendo e se entrega, muito mais do que eu imaginei."