O caso atípico de vaca louca em um bovino em Mato Grosso fez a Arábia Saudita reafirmar o embargo à carne brasileira. Desde 2012, quando um caso semelhante ocorreu no Paraná, o país restringiu as aquisições da proteína vermelha.
Em nota publicada nesta segunda-feira (19) em sua agência oficial de notícias, o governo voltou a falar sobre a proibição temporária imposta às importações, devido à doença.
Desde a confirmação da Encefalopatia Espongiforme Bovina, pelo menos dois países decidiram impor proibições temporários às compras carne. O primeiro a restringir as aquisições do Brasil pelo período de 180 dias foi o Peru, cujas importações se resumem à miúdos de bovinos, expressando pouco peso na balança comercial.
Já o Egito decidiu impor embargo, também por seis meses, ao Estado de Mato Grosso. Na pauta das exportações mato-grossenses do complexo (tanto in natura quanto industrializada) o volume destinado ao país representou 10,1% da receita total e outros 13,6% em volume.
O ANIMAL
A fêmea doente era criada em uma propriedade rural de Porto Esperidião, sudoeste mato-grossense, mas apenas no frigorífico JBS em São José dos Quatro Marcos apresentou os sintomas, após ser encaminhada ao abate, em 19 de março. O animal foi sacrificado e uma amostra de material encefálico encaminhada para avaliação.
Tantos os exames feitos em laboratório agropecuário nacional (Lanagro) quanto na Inglaterra, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), acusaram a presença da proteína príon, que é o mal causador da doença.
A última das avaliações, para apontar a tipificidade do caso de vaca louca, não apresentou diagnóstico conclusivo para a classificação. Reforçou, no entanto, as conclusões do governo brasileiro de se tratar de um caso atípico.