O HSBC acertou a venda de sua unidade brasileira para o Banco Bradesco por R$ 17,65 bilhões (US$ 5,2 bilhões), se retirando da segunda maior economia emergente do mundo após anos de desempenho decepcionante.
O maior banco da Europa disse, em comunicado, nesta segunda-feira (3) que o acordo com o Bradesco inclui a venda das unidades HSBC Bank Brasil SA Banco Múltiplo e HSBC Serviços e Participações Ltda.
A aquisição permitirá que o Bradesco reduza a lacuna de ativos com rivais de maior porte como Itaú e os estatais Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
O foco do HSBC Brasil em clientes de alta renda se encaixa bem no plano do Bradesco de elevar as vendas de serviços financeiros especializados para clientes de maior renda e grandes empresas.
O preço de compra, que pode passar por ajustes para refletir o valor líquido patrimonial dos dois ativos ficou bem acima do esperado por analistas. No dia 20 de julho, já havia sido informado a entrada do Bradesco em negociações exclusivas com o HSBC após oferecer pagar cerca de R$ 12 bilhões.
Outras fontes haviam afirmado em junho que o concorrente Itaú Unibanco havia feito uma oferta abaixo do valor contábil pela unidade brasileira do HSBC. O Bradesco, segundo maior banco privado brasileiro.
Entre os destaques da transação, o Bradesco cita o fortalecimento do banco nas regiões Sul e Sudeste e nos segmentos de alta renda. A venda, que ainda requer aprovação regulatória e foi selada em 31 de julho pode ser concluída até junho do ano que vem.