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Já com data marcada para receber o público, a nova sede do Shopping Popular de Cuiabá promete melhoria na qualidade do serviço ofertado, mas sem perder as raízes. O novo prédio está terminando de receber os ajustes finais para receber cerca de 500 lojistas, conforme a Associação dos Camelôs do Shopping Popular.
A inauguração prevista para acontecer dia 21 de julho, contará com uma série de comemorações. Entretanto, o presidente da Associação, Misael Galvão, evita falar de valores.
Foi informado que o valor total da reforma ainda não foi divulgado já que a obra não foi finalizada. “Como não terminamos a obra, vamos esperar até tudo ser fechado para divulgar um valor final”, ressaltou a assessoria de imprensa do local.
Mas não se pode negar que a reforma elevará o nível do shopping popular, que tem como clientes de pescadores a juízes. “Vamos avançar em termos de estrutura e qualidade, mas sem perder as nossas origens, que é de camelô” destacou o Misael.
O comerciante Daniel Otávio, o Cabral, que atua no local desde o primeiro camelô, em 1995, contou que trabalhava na rua antes de ir para a estrutura. “Nós éramos vistos com certo preconceito, mas hoje a coisa mudou bastante, aqui você encontra todo tipo de público, cada vez mais”, disse.
Na nova sede, o prédio terá 16 entradas, e será cercado por paredes de vidro. Dentre as outras novidades estão o espaço entre as bancas, permitindo melhor acesso dos clientes e o ar-condicionado central, que deixará o ambiente climatizado.
Uma empresa de arquitetura foi contratada para padronizar os espaços, já conhecidos pela população. Agora, diferente de antes, não será permitido expor os produtos no chão, nas laterais, ocupando os espaços. “Vai ser tudo padronizado, os produtos vão ser expostos dentro das barracas. Isso dá mais espaço e garantia para o transito dos clientes e dos vendedores”, disse.
Para ter um ponto de vendas dentro do shopping, é preciso pagar uma taxa mensal pela locação do espaço. Esse valor, conforme a administração é de R$ 375.
O Diário questionou os valores gastos não só na obra do novo prédio, mas também na reforma do Complexo Dom Aquino, ao lado do shopping. A Associação foi responsável pela reforma do local, como prevê o contrato de concessão da área firmado com a Prefeitura e Ministério Público.
No entanto, a Associação se limitou a dizer que cobrou uma pequena taxa dos associados, para ajudar no custeio da obra. Sobre o lucro dos comerciantes, foi explicado que eles não tomam conta disso. “Cada um trabalha para si aqui, não somos patrões, não temos esses controles”, afirmam.