Com mais de mil vítimas nos estados de Mato Grosso e Rondônia e um prejuízo estimado em mais de R$ 7 milhões, a empresa Imagem Eventos pode responder pelos crimes de apropriação indébita, estelionato e até de associação criminosa, conforme revelou o delegado Rogério Ferreira, da Delegacia do Consumidor de Cuiabá, em reportagem exibida no Domingo Espetacular, da TV Record, neste domingo (23). A empresa é investigada por dar um calote milionário em formandos de diversos cursos, como Medicina, Medicina Veterinária, Direito, Odontologia, entre outros, em universidades particulares de Cuiabá, Várzea Grande e do Estado de Rondônia.
O caso veio à tona no começo de fevereiro e foi parar na delegacia com mais de 200 boletins de ocorrências registrados contra os empresários Márcio Nascimento e Eliza Severino. No dia 1º deste mês, a empresa, por meio de advogado, informou aos formandos que o baile de formatura não iria ocorrer devido à problemas financeiros.
Um pedido de recuperação judicial ingressado na Vara Especializada de Recuperação Judicial da Comarca de Cuiabá e impactos da pandemia de Covid-19 foram alguns dos motivos apresentados pela defesa. Contudo, o “sumiço” dos empresários levantou suspeita entre os universitários, que registraram diversos boletins de ocorrência na Delegacia do Consumidor e acionaram diversos canais de imprensa.
Diante da repercussão, o pedido de recuperação foi negado pela Justiça de Mato Grosso que ainda determinou o bloqueio de pouco mais de R$ 112 mil da empresa. Além de Mato Grosso, a Polícia Civil já descobriu que a empresa também aplicou golpes em Rondônia.
Ao todo, mais mil pessoas foram vítimas do calote que já conta com cerca de 200 boletins de ocorrências registrados, além de prejuízos que ultrapassam R$ 7 milhões, conforme o delegado Rogério Ferreira. “Nós estamos averiguando a prática de crime contra as relações de consumo, apropriação indébita de causa de aumento de pena, estelionato e também de associação criminosa. A PC de Mato Grosso vai responsabilizá-los criminalmente. Não tenho dúvida e estamos trabalhando sério, montamos uma força tarefe a vamos até o final com essa investigação”, garantiu.
A reportagem da Record TV foi até o endereço da Imagem Eventos, localizado no bairro Quilombo, área nobre de Cuiabá, mas não tinha ninguém no local. Dias depois, o advogado de defesa dos empresários, Marcos Roberto Filho, deu um breve relato à emissora. “Os sócios lutaram até o último minuto para conseguir entregar todos os eventos, quando a gente fala em nenhum prazo para devolução é porque isso perpassa pelo plano de recuperação judicial”, explicou.
Apesar disso, resta a frustração dos formandos, que gastaram não apenas com a formatura que não aconteceu, como com roupas, “brindes pessoais”, passagens aéreas e hospedagens para trazer familiares de outros estados, conforme desabafos de Joana Lino, Yasmin Rezende e Beatriz Francio. “O que a gente gostaria é que fosse feita Justiça, é muita gente lesada, foram quatro anos pagando, a única esperança que a gente tem é que eles paguem de forma criminal mesmo, restituir dinheiro a gente não vai ter”.
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