As fortes chuvas não tem atrapalhado somente as lavouras e obras relacionadas a Copa em Mato Grosso. O comércio de Cuiabá e Várzea Grande também sente os efeitos negativos da condição climática.
As lojas do centro da Capital, por exemplo, registram queda no movimento por causa dos dias chuvosos, que nas últimas semanas foram constantes e derrubaram a movimentação de clientes, gerando prejuízos aos lojistas. Gerente em uma loja de roupas, Maria Helena conta que aproveita este período para dar férias aos funcionários. “Janeiro e fevereiro são meses fracos para o varejo e para atrair clientes temos que fazer liquidações. Em março, com a chegada de novas coleções o comércio começa a reagir positivamente”.
Para quem trabalha em salão de beleza o prejuízo é maior, garante Marilza Kuroyanagi. “Nesse período chuvoso chego a perder até 20% dos clientes. As pessoas não querem sair de casa, não sei se é coincidência por ser sequência de um mês em que houve muitos gastos, mas o movimento é muito fraco em fevereiro”.
Durante os dias de menor movimento ela diz que o prejuízo se estende até para os funcionários já que todos ganham por produção. “É ruim para todo mundo, se não trabalhamos não ganhamos então este é um mês em que o salário é menor”.
Alguns comerciantes acabam tendo que utilizar estratégias para atrair os clientes durante os dias em que o comércio é parado. Everton Braga, gerente de outra loja de roupas diz que na última semana o movimento foi tão fraco que não foi possível pagar o guarda da rua. “Já baixamos o preço de quase todos os produtos e estamos fazendo panfletagem da promoção. Isso está acontecendo em todas as 3 lojas que temos. Outro problema que tem nos afetado é a falta de estacionamento já que os clientes não podem colocar o veículo na frente da loja. Assim é difícil, pois com a chuva até procurar um local para estacionar e voltar para comprar, acabam desistindo”.
Na loja infantil de Cleonice Maciel o bom atendimento é o que atrai os poucos clientes. “Estou sendo obrigada a dar desconto acima do que posso para não perder a venda. Quando o cliente entra na loja nossa intenção é vender”. Para ela, neste mesmo período do ano anterior as vendas foram melhores. “Em 2013 foi um pouco melhor, as obras de mobilidade urbana levam as pessoas aos sho-ppings e não ao centro”.