O Grupo Bom Jesus, que tem sede em Rondonópolis, ingressou no último dia 12 com pedido de recuperação judicial para suspensão imediata de cobranças de dívidas bilionárias contraídas nos últimos anos. O processo está na Quarta Vara Cível da cidade que é comandada pelo juiz Renan C. L. Pereira do Nascimento.
O conglomerado de empresas tem um faturamento bruto anual de R$ 2,5 bilhões. São cerca de quatro mil funcionários diretos e 15 mil indiretos.
No pedido feito a Justiça, os advogados Joel Luís Thomaz Bastos, Ivo Waisberg, Bruno Kurzweil de Oliveira, Ricardo Matsumoto, Rodrigo Fonseca Ferreira e Beatriz Leite Kyrillos argumentam que a sede do grupo Bom Jesus é principalmente Rondonópolis, o que faz com que o processo tramite na comarca. É citado que o grupo teve início dos anos 60 na cidade de Medianeira no estado do Paraná, mas a partir de 1992 em Mato Grosso "os negócios prosperaram com a implantação da unidade de beneficiamento sendo o primeiro passo para a verticalização do negócio".
Hoje, o grupo Bom Jesus conta com uma área de 240 mil hecateres cultivados com potencial de 900 mil toneladas por safra. "Daí a relevância que a preservação das atividades do grupo empresarial representa e que será o principal fundamento do pedido principal cujo resultado útil se pretende assegurar com a cautelar requerida", explicam os advogados do conglomerado.
Segundo a ação, o grupo pretende entrar em recuperação judicial para "preservar as atividades diante de estar ameaçado pela distribuição de ações de execução, arrestos e sequestros que, se efetivados, poderão inviabilizar até mesmo o início do processo recuperacional que está sendo preparado". Também acrescenta que o grupo "desempenha importante papel na economia regional com geração de milhares de empregos diretos e indiretos".
O grupo é formado por nove empresas - Bom Jesus Transportes e Logística Ltda, ABJ Comércio Agrícola Ltda, ABJ Trading LLP, Agropecuária Araguari Ltda, Auto Posto Transamérica Ltda, Boa Esperança Agropecuária, Semeare Agropecuária, V.S Agrícola e Pecuária Ltda, WW Agropecuária - e as pessoas físicas Nelson José Vigolo, Edilene Pereira Morais Vigolo, Geraldo Vigolo, Rosemari Konageski Vigolo. O magistrado ainda não analisou os pedido de liminar feito pelo conglomerado.
DE OLHO
Diante do volume de cerca de R$ 2 bilhões em dívidas, a Corregedoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso deve acompanhar atentamente este processo de recuperação judicial. O assunto tem sido amplamente debatido no Judiciário do Estado nos últimos anos.
Glauce
Quarta-Feira, 18 de Maio de 2016, 06h41Renan
Terça-Feira, 17 de Maio de 2016, 17h25Claudio Nunes
Terça-Feira, 17 de Maio de 2016, 10h08fidedigno
Terça-Feira, 17 de Maio de 2016, 08h10Ant?nio Batista
Terça-Feira, 17 de Maio de 2016, 05h18Jackson Reis
Terça-Feira, 17 de Maio de 2016, 02h32sapo
Segunda-Feira, 16 de Maio de 2016, 23h22