Economia Segunda-Feira, 16 de Maio de 2016, 23h:10 | Atualizado:

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AGRONEGÓCIO

Com faturamento de R$ 2,5 bilhões por ano, grupo em MT pede recuperação

Grupo Bom Jesus cita que ações de execução comprometem empresas

CLÁUDIO MORAES
Da Editoria

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O Grupo Bom Jesus, que tem sede em Rondonópolis, ingressou no último dia 12 com pedido de recuperação judicial para suspensão imediata de cobranças de dívidas bilionárias contraídas nos últimos anos. O processo está na Quarta Vara Cível da cidade que é comandada pelo juiz Renan C. L. Pereira do Nascimento.

O conglomerado de empresas tem um faturamento bruto anual de R$ 2,5 bilhões. São cerca de quatro mil funcionários diretos e 15 mil indiretos.

No pedido feito a Justiça, os advogados Joel Luís Thomaz Bastos, Ivo Waisberg, Bruno Kurzweil de Oliveira, Ricardo Matsumoto, Rodrigo Fonseca Ferreira e Beatriz Leite Kyrillos argumentam que a sede do grupo Bom Jesus é principalmente Rondonópolis, o que faz com que o processo tramite na comarca. É citado que o grupo teve início dos anos 60 na cidade de Medianeira no estado do Paraná, mas a partir de 1992 em Mato Grosso "os negócios prosperaram com a implantação da unidade de beneficiamento sendo o primeiro passo para a verticalização do negócio".

Hoje, o grupo Bom Jesus conta com uma área de 240 mil hecateres cultivados com potencial de 900 mil toneladas por safra. "Daí a relevância que a preservação das atividades do grupo empresarial representa e que será o principal fundamento do pedido principal cujo resultado útil se pretende assegurar com a cautelar requerida", explicam os advogados do conglomerado.

Segundo a ação, o grupo pretende entrar em recuperação judicial para "preservar as atividades diante de estar ameaçado pela distribuição de ações de execução, arrestos e sequestros que, se efetivados, poderão inviabilizar até mesmo o início do processo recuperacional que está sendo preparado". Também acrescenta que o grupo "desempenha importante papel na economia regional com geração de milhares de empregos diretos e indiretos".

O grupo é formado por nove empresas - Bom Jesus Transportes e Logística Ltda, ABJ Comércio Agrícola Ltda, ABJ Trading LLP, Agropecuária Araguari Ltda, Auto Posto Transamérica Ltda, Boa Esperança Agropecuária, Semeare Agropecuária, V.S Agrícola e Pecuária Ltda, WW Agropecuária - e as pessoas físicas Nelson José Vigolo, Edilene Pereira Morais Vigolo, Geraldo Vigolo, Rosemari Konageski Vigolo. O magistrado ainda não analisou os pedido de liminar feito pelo conglomerado.

DE OLHO

Diante do volume de cerca de R$ 2 bilhões em dívidas, a Corregedoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso deve acompanhar atentamente este processo de recuperação judicial. O assunto tem sido amplamente debatido no Judiciário do Estado nos últimos anos.





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Comentários (7)

  • Glauce

    Quarta-Feira, 18 de Maio de 2016, 06h41
  • É muito fácil falar da vida dos outros...isso é rotineiro de se ver...o sucesso das pessoas incomoda...os tombos que eles levam, o sacrifício pra chegar onde chegaram ninguém vê...acho k se cada um cuidar da sua própria vida já seria um bom começo. Sem mais.
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  • Renan

    Terça-Feira, 17 de Maio de 2016, 17h25
  • Cada comentário imbecil que postam aqui. Vão se alfabetizar, procurar entender os motivos de uma recuperação judicial,daí vocês podem tecer críticas. Energúmenos.
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  • Claudio Nunes

    Terça-Feira, 17 de Maio de 2016, 10h08
  • Lá vem sacanagem aí, a Corregedoria deveria ficar de olho aberto, senão a PF já está!!
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  • fidedigno

    Terça-Feira, 17 de Maio de 2016, 08h10
  • Besta é a justiça que concede a recuperação judicial.
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  • Ant?nio Batista

    Terça-Feira, 17 de Maio de 2016, 05h18
  • Mais uma vítima da amizade com Pedro taques. Várias vítimas ainda virão. Se preparem família maluf.
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  • Jackson Reis

    Terça-Feira, 17 de Maio de 2016, 02h32
  • O instituto da recuperação judicial já foi banalizado e usado amplamente por diversas empresas que se aproveitaram da Lei a fim de ganhar benefícios ilícitos, agindo com oportunismo e má-fé, salvando umas em detrimento de outras empresas credoras, funcionários entre outros. No entanto, na conjuntura atual, uma empresa desse porte parece usar a Lei em último caso e não buscou essa situação visando o enriquecimento ilícito. Quanto ao fato de a corregedoria da Justiça ter que ficar de olho, não deve se limitar apenas a esse tipo de ação ou situação, uma vez que, a honestidade e a correção pode ocorrer quando algumas centenas, milhões ou bilhões de terceiros estiver envolvidos. Ou contrário senso poderá haver desvios e corrupção por falta de caráter em simples ações em Juizados cujos valores não passam de 40 salários e os desvios de condutas são motivados apenas por garrafas de vinho, passagens aéreas, amizade ou tapinha nas costas e a Corregedoria igualmente também deve estar de olho pois, quem litiga por um bilhão esta creditando tudo em decisões justas, da mesma forma quem litiga por um saldo na conta corrente usado em despesas de um mês de mercado. E as vezes uma empresa em recuperação que, tenha milhões em dívidas mas, não deixa de cobrar as migalhas que para outros representa uma vida e muitas vezes beneficiadas injustamente uma vez que, tem tratamento desigual. Sito como exemplo os processo que correm contra Energisa, antes Rede Cemat e mesmo ela sendo parte e em recuperação Judicial, tem o privilégio unilateral de apresentar laudo de vistoria e em todas as vezes estes a beneficiam. Ou seja tem milhões de credores que não conseguem receber mas são ótimas para cobrar.. Estamos em processo de mudanças e espero que a mudança seja feita no caráter das pessoas, não importando o quão importante sejam devem ser tratadas da mesma forma quando possuir um direito ou um dever...
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  • sapo

    Segunda-Feira, 16 de Maio de 2016, 23h22
  • ACHO ESTRANHO QUE UM EMPRESÁRIO FINANCIA UMA CAMPANHA PARA GOVERNADOR DE ESTADO E DEPOIS PEDE RECUPERAÇÃO JUDICIAL. GASTOU MILHÕES EM DOAÇÕES ELEITORAIS E, DE REPENTE, ANUNCIA A PRÉ-FALÊNCIA. NÃO SEI O QUE ESTÁ POR TRÁS DESSE ATO, MAS É PRECISO MUITA INVESTIGAÇÃO SOBRE AS REAIS MOTIVAÇÕES DESSA QUEBRA. ATÉ BEM POUCO TEMPO ESSE VIGOLO SAIU EM DEZENAS DE JORNAIS DE REVISTAS COMO SENDO UM EXEPLO DE GESTOR E EMPRESÁRIO. VAI VER ELE É DA MESMA ESCOLA DO MAURO MENDES, QUE QUEBRA OS PRÓPRIOS NEGÓCIOS E AINDA CONTINUA NA ALTA SOCIEDADE.
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