Economia Quarta-Feira, 07 de Maio de 2014, 09h:31 | Atualizado:

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Cuiabá pode ficar sem hortifrutigranjeiros durante a Copa

 

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Cuiabá poderá sofrer desabastecimento de produtos hortifrutigranjeiros durante a Copa do Mundo, que começa em junho próximo. A ameaça surgiu na manhã de ontem durante sessão na Câmara de Vereadores, que contou com as presenças dos permissionários do Terminal Atacadista do Verdão, principal fonte de abastecimento de frutas, verduras e legumes da capital e de cidades vizinhas. 

“Estão esquecendo que não somos apenas feirantes. Somos um centro de abastecimento, onde são comercializadas mais 30 mil toneladas de produtos por mês. Se a feira parar toda a população será prejudicada. Os hotéis e restaurantes não terão frutas e verduras para servir aos seus clientes”, alertou a atual diretora da Associação dos Permissionários do Terminal (Apetac), Jânia Ramos de Lima. À tarde, os feirantes pretendiam bloquear a Avenida Agrícola Paes de Barros em protesto. 

Atualmente, a Feira do Verdão conta com 204 permissionários, além de 250 produtores. Eles estão revoltados com a Prefeitura de Cuiabá, que dentro de duas semanas pretende realocados em novo espaço, que está sendo montado no Distrito Industrial. A atual área será transformada em um estacionamento para os jogos da Copa do Mundo. 

Porém, os feirantes alegam que o novo terminal ainda não possui a infraestrutura adequada, que o tempo é exíguo para a transferência e que não contempla todos os permissionários. “Hoje, lá não tem nada. Não tem banheiros, não tem água, luz e restaurantes. Só sairemos com a devida infraestrutura e conforto porque são quatro anos que lutamos por essas melhorias e ninguém nunca deu importância”, afirmou. 

O novo terminal equivale a uma área de 70,5 mil metros quadrados e conta com dois galpões de 6,4 mil m², que abrigará 164 boxes. A Aptac entrou com um mandado de segurança na Justiça para garantir o cadastramento de todos os feirantes. 

O vereador Dilemário Alencar lembrou que o terminal abastece 70% do comercial local. “Se fechar ou sem uma transferência com condições ideais de trabalho aos permissionários pode sim ter problemas de abastecimento na Grande Cuiabá”, reforçou. 

Já o secretário de Trabalho e Desenvolvimento Econômico de Cuiabá, Elias de Andrade, afirmou que as obras do novo terminal estão avançadas e que mesmo antes do fim dos trabalhos será possível fazer a transferência. “A ideia é que agora em meados de maio a empresa (responsável pela obra) entregue internamente a nova central de abastecimento e, a partir daí, daremos um prazo para que os atacadistas se transfiram. Findado esse prazo, que a gente espera que aconteça até 25 de maio, a Prefeitura disponibiliza a área do antigo terminal para a Secopa construir o estacionamento”. Ele argumentou ainda que os permissionários não contemplados estão inadimplentes com a administração municipal. A dívida beira a R$ 500 mil.





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