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Economia Sábado, 07 de Junho de 2025, 13h:55 | Atualizado:

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MAL FEITO

Ex-sócio de boate sertaneja alega golpe e exige indenização; justiça nega

Ele disse ter investido R$ 230 mil em cotas da Woods que depois fechou as portas

DIEGO FREDERICI
Da Redação

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O juiz da 6ª Vara Cível de Cuiabá, Luis Otávio Marques, negou o pedido de indenização do empresário Robson de Paula Júnior, ex-sócio da antiga unidade da Woods - uma franquia de casas de show do agronejo -, que relatou que “não sabia” que o estabelecimento não ia “bem das pernas”. 

Segundo informações do processo, Robson de Paulo entrou como sócio em 5% das cotas da Woods em Cuiabá no ano de 2015 dizendo que lhe foi prometido um faturamento mensal de R$ 10 mil. Na época, a empresa pertencia à BBC Administrações e Participações, que tinha como sócia Ticiane Souza Maggi, filha do ex-governador Blairo Maggi.

O empresário que investiu no negócio também se disse lesado pelo administrador Eduardo José Compagnoni, na época, gerente da franquia. “Alegou que, em junho de 2015, investiu R$ 230.000,00 na aquisição de cotas sociais da casa noturna Woods, com promessa de rentabilidade mensal de R$ 10.000,00, após proposta intermediada por Eduardo Compagnoni, que afirmava agir em nome de Ticiane Maggi, então sócia da empresa”, diz trecho do processo.

Na decisão, publicada no dia 30 de outubro de 2025, o juiz Luis Otávio Marques excluiu do processo tanto Eduardo José Compagnoni quanto Ticiane Souza Maggi por entender que eles representavam empresas na venda de cotas, não atuando como pessoas físicas.

O magistrado também negou o pedido de indenização a Robson de Paula Borges ao analisar as provas dos autos e constatar que ele sabia que a Woods dava prejuízo. Numa conversa transcrita na decisão, o empresário contou que entrou no negócio para ter “experiência com balada”.

“A documentação juntada evidencia, ainda, que o autor participou ativamente das tratativas comerciais, teve acesso a projeções de receita e despesa e inclusive recebeu informações sobre a performance financeira do empreendimento. A troca de e-mails entre os envolvidos, além das transcrições de conversas extraídas da ata notarial, apontam que o autor tinha plena ciência da instabilidade do negócio e dos riscos envolvidos”, analisou o magistrado.

O empresário ainda pode recorrer da decisão. A unidade da Woods em Cuiabá fechou as portas em 2016 numa trajetória que foi cercada de polêmicas, como falta de alvará para as obras, acarretando seu fechamento temporário pela prefeitura da Capital em 2014. O estabelecimento também promoveu uma festa, no ano de 2015, chamada de “DopaSmina”.





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Comentários (1)

  • Luciano

    Domingo, 08 de Junho de 2025, 12h38
  • A conta é simples, se o cidadão te ofereceu um lucro de 5% sobre o investimento foge que é golpe!!! Sujeitinho mereceu pela burrice?
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