Economia Quarta-Feira, 01 de Maio de 2024, 11h:15 | Atualizado:

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POLYGONUM

Fazendeiro se livra de processo por desmate e fraudes no CAR em MT

Esquema teria causado prejuízos ambientais na ordem dos R$ 143 milhões

DIEGO FREDERICI
Da Redação

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A juíza Ana Cristina Silva Mendes rejeitou uma denúncia contra o produtor e empresário Vilson Covolan, um dos alvos da operação Polygonum, que apura o desmatamento ilegal em Mato Grosso. Esta foi uma das últimas decisões da juíza Ana Cristina Silva Mendes, proferida no último dia 11 de abril pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá. A magistrada foi promovida para a 4ª Vara Cível da Capital na última segunda-feira (29).

Segundo a denúncia, Vilson Covolan é sócio administrador da Tupã Biodiesel, que por sua vez é proprietária da fazenda Tupã Seretã, localizada em Gaúcha do Norte (580 Km de Cuiabá). O empresário é suspeito de participar de fraudes no Cadastro Ambiental Rural (CAR), utilizado tanto no controle do desmatamento quanto na regularização fundiária, alterando a classificação fitofisionômica da propriedade rural.

De acordo com a classificação fitofisionômica, um imóvel rural pode estar inserido no bioma da Amazônia, o que obriga o seu dono a manter a preservação de 80% da mata nativa, ou Cerrado, quando esse percentual cai para 35%.

Na decisão, entretanto, a magistrada não identificou indícios de que o empresário rural tenha cometido as fraudes. “A denúncia, no que se refere à imputação em face de Vilson Covolan é alicerçada em mera presunção e conjectura, uma vez que inexiste nos autos qualquer alinhamento da conduta entre os demais réus, do ajuste de desígnios com o fim específico de elaborar o laudo de tipologia vegetal falso visando fraudar o sistema e diminuir o tamanho da área de reserva legal”, analisou a juíza.

A operação Polygonum foi deflagrada pela Delegacia do Meio Ambiente (Dema), e teve seis fases entre os anos de 2018 e 2019. A denúncia revela que servidores públicos, prestadores de serviços e membros do 1º e 2º escalão da Sema, apresentavam relatórios técnicos de tipologia vegetal “ideologicamente falsos”, com o objetivo de alterar a classificação fitofisionômica de propriedades rurais.

Informações da Procuradoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e da Ordem Urbanística apontam prejuízos ambientais da ordem de R$ 143,6 milhões. Ao todo, a operação Polygonum indiciou 69 suspeitos de infrações ambientais.

As fraudes contavam com alterações ilegais no Cadastro Ambiental Rural (CAR) - um dos registros mais importantes não só para políticas públicas ambientais como também fundiárias, e que é “criticada” por grileiros, latifundiários e outros criminosos.





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Comentários (7)

  • Paulo

    Quinta-Feira, 02 de Maio de 2024, 09h32
  • MPE e suas denúncias nas coxas, faz toda pirotecnia das operações, na hora de provar não consegue fazer o seu deve, resumindo pagamos para o circo ser realizado com sucesso.
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  • antonio adejar

    Quinta-Feira, 02 de Maio de 2024, 07h46
  • tecnicos da ilibada sema inclusive um foi pego em flagrante com vultosa quantia em dinheiro na sua casa e ta tudo certo patroa tem força ,fazer o que.
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  • Maria Auxiliadora

    Quarta-Feira, 01 de Maio de 2024, 13h33
  • Nossa, que novidade!!! Se fosse um assentado que tivesse cortado árvores para fazer sua horta ou pomar JAMAIS teria sido preso e condenado por crime ambiental. Parece combinado, se a CONSEMA não deixa prescrever, a justiça livra os meliantes ambientais, que são milionários, da reparação e da multa.
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  • Brasil não é pra amadores

    Quarta-Feira, 01 de Maio de 2024, 12h49
  • Alguém surpreso? No fim todos se salvaram, ng foi demitido e tudo com dantes no quartel de abrantes... enfim..... Este é um país que vai pra frente(?) Ohohoh.... triste fim de Policarpo quaresma... e vamos que vamos. Parabéns corruptos, desmatadores e cretinos! Vamos continuar enxugando gelo... próximo......
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  • Luciano

    Quarta-Feira, 01 de Maio de 2024, 12h08
  • A Operação Polygnum foi um grande erro cometido pela CAOP. Os laudos construídos pelo professor estão questionáveis, sem fundamento técnico e científico e divergente do que o mesmo ensina na faculdade. Não há dano ambiental na maioria das propriedades envolvidas e os servidores envolvidos apenas cumpriram os itens técnicos do Decreto da época. O Ministério Público foi induzido ao erro. Cientificamente é possível comprovar e questionar a tipologia no estado de MT. A magistrada está de parabéns pelo ato.
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  • Zeca

    Quarta-Feira, 01 de Maio de 2024, 11h57
  • E por aí vai, país da impunidade e safadeza.
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  • Alberto

    Quarta-Feira, 01 de Maio de 2024, 11h54
  • O difícil da justiça é que muitos magistrados têm filhos advogados que advogam para os bandidos. Condenar como?
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