Economia Domingo, 29 de Junho de 2025, 17h:39 | Atualizado:

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CARGA TRIBUTÁRIA

'Governo dá com uma mão e tira com a outra', diz CDL

Macagnam afirmou diz que carga tributária cresceu de forma alarmante

ALLAN MESQUITA
Gazeta Digital

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J�nior Macagnam

 

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Cuiabá, Júnior Macagnam, criticou duramente o atual sistema tributário brasileiro, durante entrevista ao Jornal do Meio Dia (TV Vila Real, canal 10.1), essa semana. O empresário avalia que o governo federal “dá com uma mão e tira com a outra” ao prometer benefícios como a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, mas não os implementa de fato, deixando a população cada vez mais pressionada.

Macagnam afirmou que a carga tributária no Brasil cresceu de forma alarmante nos últimos anos. “Na época do Fernando Henrique, a carga tributária representava 23% do PIB. Hoje está em 33%. Se somarmos ao déficit fiscal de 8%, temos 41% da riqueza nacional sendo consumida pelo Estado. E o que está sendo devolvido em serviços?”, questionou.

Em seu entendimento, o retorno dos impostos para a população é extremamente baixo. Citando dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, destacou que o Brasil ocupa a 30ª posição entre os países que menos devolvem à sociedade os tributos arrecadados. “O que falta é gestão, porque dinheiro tem”, disparou.

O presidente da CDL também alertou para os impactos diretos dos tributos sobre o consumo. Ele usou como exemplo o recente aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que foi derrubado na quinta-feira (26) pelo Congresso, mas que ainda cabe recurso por parte governo federal. A elevação da taxa encarece empréstimos, cartões de crédito e financiamentos.

“O comerciante acaba repassando esse custo para os preços, o que pressiona a inflação. E aí o Banco Central sobe os juros, como fez recentemente, com uma taxa Selic de 15%, a segunda maior do mundo. Quem vai investir com juros desse tamanho?”, indagou.

Macagnam ainda alertou que sem mudanças estruturais, o setor produtivo continuará sufocado. "O congresso tá lá, a sociedade é organizada, são várias as entidades, o que precisamos na realidade é discutir o país que nós queremos. Uma reforma tributária da renda, uma reforma administrativa", finalizou.





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