Após a escassez de combustível, agora a população enfrentará a falta do gás de cozinha (GLP) que sumiu das distribuidoras por causa da paralisação dos caminhoneiros, que chegou ao 8º dia nesta segunda-feira (28). Segundo o presidente do Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás (Sinergás/MT), Alan Tavares, não há mais estoque em Cuiabá e nem nas cidades do interior do Estado. “Está um caos, estamos sem gás. Mais de 90% das revendedoras não tem mais o produto”, afirmou Tavares. O empresário relata que na última terça-feira (22) tinha no estoque cerca de 4 mil botijões de gás, mas em apenas em duas horas vendeu os últimos 400. Consumidores formaram filas para fazer a compra.
O segmento é constituído de pequenas empresas com estoques renovados constantemente, o que não ocorre há uma semana por causa da greve. No interior, a situação é mais grave, uma vez que já estão sem o gás desde quinta-feira. Entre as cidades sem o produto estão: Tangará da Serra, Cáceres, Rondonópolis, Sinop, Rosário Oeste, São José do Rio Claro, Nova Olimpia, Campo Novo do Parecis e Sapezal.
De acordo com o presidente da Sinergás, a situação se resolve rapidamente assim que a greve acabar. “Dentro de 2 dias conseguimos abastecer nossos estoques para voltar a atender o consumidor. Já temos caminhões na estrada para repor o estoque. No entanto, a normalidade só ocorre após 15 dias”, pontua.
Apesar do prejuízo com a paralisação, o empresário garante que o valor do gás, que varia de R$ 85 à R$ 105 em todo o Estado, não sofreu alterações de preço. “Não podemos ser oportunistas. Temos tido prejuízos com a falta de estoque e reposição, mas o consumidor está isento de qualquer reajuste”, garante.
Após o governador Pedro Taques (PSDB) decretar situação de emergência em Mato Grosso, o transporte de caminhões de gás se tornou uma das prioridades do Comitê de Gerenciamento de Crise montado pelo governo. Uma reunião deve determinar o apoio de forças da segurança pública para acompanhar os veículos pelas rodovias até as distribuidoras.