Cento e trinta e nove postos de combustíveis estão sendo notificados pelo Procon Municipal de Cuiabá por reajustes nos preços dos combustíveis. O órgão de defesa dos consumidores solicita esclarecimentos com base no fornecimento de notas fiscais de compra e venda dos produtos pelos varejistas da Capital no período de 28 de março até 23 de abril.

Neste intervalo, o etanol hidratado foi o derivado que mais subiu nos postos da cidade, com alta média acumulada de 19,86%, variando de R$ 2,97 para R$ 3,56 por litro, segundo levantamento semanal de preços da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Na semana passada, os postos da Capital elevaram novamente o derivado vegetal, que passou a custar até R$ 3,79 (l), ante valor máximo valor máximo anterior de R$ 3,59 (l).

Nas indústrias de Mato Grosso, o biocombustível encareceu em média 12,7%, aumentando de R$ 2,58 para R$ 2,91 por litro, após 4 reajustes semanais seguidos entre os dias 18 de março a 19 de abril, informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP). Derivados de petróleo também ficaram mais caros entre o final de março e o último sábado, 20.

Gasolina e diesel acumulam majoração de 2,80% e 3,08%, respectivamente. Na semana de 14 a 20 de março, a gasolina custava em média R$ 5,71 (l) e o diesel R$ 5,84 (l).

Na semana passada, a gasolina subiu para R$ 5,87 (l) e o diesel para R$ 6,02 (l), detalha a ANP. Após notificação de hoje, 24, os estabelecimentos varejistas terão 72h para prestarem informações ao Procon.

A ação também abrange o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Mato Grosso (Sindipetróleo), que terá 20 dias para encaminhar informações contábeis por meio de sua Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). No último dia 12 de abril, o Procon já havia notificado o Sindipetróleo para esclarecer aumentos de preços a partir de 8 de abril, aniversário de Cuiabá.

Em resposta ao órgão municipal, o Sindipetróleo justificou que não controla preços e custos do mercado, que é livre, sendo os varejistas apenas repassadores de preços.