Economia Quinta-Feira, 21 de Setembro de 2023, 10h:05 | Atualizado:

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GRÃOS DE AREIA

Justiça dá 10 dias para "gigantes do agro" explicar roubo de cargas em MT

Bando teria dado prejuízo de R$ 22,5 milhões

DIEGO FREDERICI
Da Redação

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O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia de Freitas Bezerra, deu 10 dias para a Rumo Logística, com sede em Rondonópolis (216 Km da Capital), explicar movimentações de carga (classificação, carga e descarga etc) ocorridas entre os dias 16 e 28 de março de 2021. As diligências fazem parte da operação “Grãos de Areia”, que apura um suposto esquema de desvios de cargas que teriam causado um prejuízo de R$ 22,5 milhões.

Em decisão publicada nesta segunda-feira (18), o juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá estendeu as determinações da Rumo Logística pela apresentação de informações à multinacional Cargill. A empresa está localizada no sul de Mato Grosso, em Primavera do Leste (236 Km de Cuiabá), na mesma região de Rondonópolis.

Ainda de acordo com a decisão, as empresas Fribon Transportes, Ômega Transporte Rodoviário, Cutrale Trading Brasil e Mosaic Fertilizantes, além da Rumo Logística e também a Cargill, deverão esclarecer supostos crimes de desvios de cargas ocorridos no ano de 2021. “Determino às empresas Rumo Logística S.A, Cargill S.A, Fribon Transportes, Ômega Transporte Rodoviário, Cutrale Trading Brasil e Mosaic Fertilizantes: esclareçam se nos dias 17 e 18 de março de 2021 houve alguma ocorrência de ordem criminal envolvendo os caminhões de placas NRZ1507; OBL- 4104, OBL- 4894, QBF-3683 e QBQ-7547, apresentando, se existente, documentos eventualmente confeccionados acerca de irregularidades encontradas nas cargas e descargas dos citados caminhões”, determinou o magistrado.

O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra advertiu que, se não houver colaboração, as empresas poderão responder por desobediência. “Impulsiono estes autos com a finalidade de intimar a Empresa Rumo Logística S.A., para no prazo de 10 dias, apresentar a documentação requerida ou justificar a impossibilidade de fazê-lo, sob pena de crime de desobediência, cientificando desde já que eventual impossibilidade de apresentação dos documentos solicitados será objeto de apreciação por ocasião da prolação da sentença”, advertiu o magistrado.

GRÃOS DE AREIA

São alvos da operação “Grãos de Areia” Cristiano Barbosa Elias, Jean Carlos de Souza Cunha, André Martins Gonçalves, Fábio Medeiros Gomes, Daniel Ferreira Lima, Cristiano de Souza Sobrinho, Erick Antunes dos Santos, Gilson Souza Barros, Maxuel Alves Bentos, Alessandro da Silva Freitas, Adeilson Pires de Souza, Orlando da Costa Silva, Walter Trabachin Júnior, Lelio José Tosta – além de Anderson Borges, o “Gordinho”, e Danilo Ricardo, o “Pajé”. As investigações da Polícia Judiciária Civil (PJC) revelam que o bando é formado por proprietários de empresas de transporte e logística, além de comerciantes de commodities do agronegócio – soja, farelo etc.

Segundo a PJC, as cargas de commodities eram transportadas em caminhões e descarregadas na empresa de logística Rumo, em Rondonópolis, no início do ano de 2021. Funcionários da organização foram cooptados pela quadrilha para “facilitar” o recebimento e validação das cargas. As forças de segurança realizaram apreensões de maquinários pesados, cavalos mecânicos, reboques, carros de luxo, caminhonetes, motos de 1.000 CC, e até barcos, dos membros da organização criminosa.





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Comentários (1)

  • José da Rocha Filho

    Quinta-Feira, 21 de Setembro de 2023, 10h17
  • Ontem li uma notícia sobre a Rumo Logística. Ladrões roubaram uns galões de óleo. Será que nesse casa aplica-se a máxima de "ladrão que rouba ladrã, tem cem anos de perdão"?
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