O juiz da 1ª Vara Cível de Cuiabá, Marcio Aparecido Guedes, desbloqueou R$ 9 milhões para o pagamento de credores e da administradora judicial da massa falida da Trese Construtora. Gigante no ramo da construção civil no passado, a Trese foi a falência na década de 2000 e imóveis onde residem centenas de famílias em Cuiabá foram colocados à leilão.
Segundo uma decisão publicada na última quinta-feira (8), a maior parte do valor (R$ 5,9 milhões) será repassada ao administrador da massa falida - um tipo de auxiliar do Poder Judiciário em processos desta natureza -, Ronimarcio Naves. O restante (R$ 3 milhões) será utilizado no pagamento de “verbas trabalhistas” a duas pessoas e ao escritório Galvan e Nigro Advocacia Empresarial .
“Com efeito, os créditos objeto da habilitação judicial inclusão cujo no quadro geral de credores foi regularmente promovido referente-se à classe trabalhista, o que justifica a entrega da conta judicial com essa especificamente, conforme já reiteradamente autorizado por este Juízo desde o ano de 2019”, analisou o magistrado.
A organização era proprietária do Condomínio Villa Minas do Cuiabá, comercializado com os moradores atuais que residem nos locais há mais de 30 anos. Depois de ir à falência, estranhamente o residencial passou a fazer parte da massa falida da organização, mesmo com moradores nos imóveis, tornando-o um bem que foi vendido para pagamento dos empresários e discutido de serviços, que cobram dívidas.
Recentemente, foi fechado um acordo entre moradores e credores o que evita o despejo de centas de famílias nos condomínios Lavras do Sutil (I e II) e Residencial Limoeiro -, além de outras duas outras propriedades em Várzea Grande (Residencial Asa Branca e um lote na Av. Júlio Campos). A Trese Construtora também era dona do Condomínio Parque dos Eucaliptos , em Sorocaba, e Jardim das Bandeiras I , em Campinas, ambos no Estado de São Paulo.