Economia Quarta-Feira, 12 de Agosto de 2015, 10h:00 | Atualizado:

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MT supera 51 milhões de toneladas

 

DIÁRIO DE CUIABÁ

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A produção agrícola de Mato Grosso registrou em julho números históricos e vai fechando o ciclo 2014/15 com a oferta de mais de 51,20 milhões de toneladas. No mês passado, a projeção feita pelo Diário já apontava que o saldo do período, especialmente em função da produtividade do milho, romperia a barreira das 50 milhões de toneladas. Além de bater mais uma vez o próprio recorde de produção, os números de Mato Grosso, especialmente os que estão sendo contabilizados a partir da colheita do milho segunda safra, estão alicerçando o recorde nacional, estimado em mais de 208 milhões de toneladas, volume também inédito. Os números que consolidam o Estado como maior produtor nacional de grãos e fibras pela quarta safra consecutiva foram divulgados ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). 

Na comparação anual há uma adição de cerca de 3,5 milhões de toneladas, já que na safra 2013/14 foram colhidas 47,70 milhões t. Em percentuais, a expansão atinge 7,3%. Com o volume já consolidado, Mato Grosso será responsável por 24,5% da produção brasileira, seguido do Paraná, com 18,3% e do Rio Grande do Sul, com 15,6%. A exemplo do registrado no levantamento anterior da Conab, o milho foi novamente a única commodity mato-grossense a ter sua produção revisada positivamente. De acordo com os números coletados em julho, o cereal ofertado em segunda safra no Estado segue sendo o maior volume do país e deverá fechar o ciclo com mais de 19,80 milhões de toneladas, um acrescimento de 12,4% sobre a produção anterior de 18,40 milhões t. 

Conforme os analistas da Conab, em Mato Grosso a normalização do regime chuvoso a partir de março e abril proporcionou um excelente desenvolvimento vegetativo das lavouras, justificando as expectativas positivas nas produtividades. O avanço da colheita já permite estimar incrementos em torno de 8,2% em relação à safra passada e de 3,9% em relação aos prognósticos do mês anterior. Para se ter uma ideia de como o clima influenciou positivamente sobre o rendimento da safrinha de milho, basta observar que dos onze levantamentos já realizados pela Conab ao longo da safra 2014/15, em apenas três – no de maio, junho e julho – o milho passou a ter projeções positivas de produção e produtividade em relação ao ciclo anterior. 

Para as outras duas importantes culturas do Estado, que também auferem a Mato Grosso título de maior produtor do país, a soja e o algodão, as projeções dos últimos levantamentos foram mantidas. Como destaca o levantamento, o algodão teve a área de plantio da primeira safra bastante reduzida, em função do atraso das chuvas que se estenderam até janeiro. O plantio da segunda safra foi encerrado em fevereiro. Houve registros de foco de doenças e ataques da praga bicudo, sem trazer sérios comprometimentos para a produtividade estimada. Até o momento cerca de 60% e 50% da colheita da primeira e segunda safras, respectivamente, foram realizadas, com produtividades em torno de 260 arrobas por hectare de algodão em caroço. A expectativa para a próxima safra é de que a área de plantio seja mantida ou que haja uma pequena ampliação. A Conab projeta uma redução de 14% na oferta de pluma, que passará de 1 milhão t, em 2014, para cerca de 865,5 mil t. “No momento da tomada de decisão sobre o planejamento da cultura, o cotonicultor optou pela redução na área plantada influenciado pela conjuntura adversa daquele momento, tanto interna quanto externa, onde os estoques elevados promoviam a queda nos preços da pluma”, destaca trecho do levantamento. 

A região Centro-Oeste, principal produtora da fibra, apresentou grande redução de área neste exercício, 106,6 mil hectares. Entre os estados produtores da região, Goiás registrou redução de 37%, seguido por Mato Grosso do Sul com 17,1% e o Mato Grosso com 12,5%. Atualmente a cultura, tanto da primeira quanto da segunda safra, encontra-se nas fases de maturação e colheita. 

Com a colheita da soja consolidada desde o primeiro quadrimestre do ano, a Conab manteve a última projeção à soja mato-grossense que vai fechando o ciclo com 28,13 milhões t, 6,4% superior à colheita anterior que contabilizou 26,44 milhões t. O volume da oleaginosa é mais uma vez recorde sobre recorde no Estado. 

A produção brasileira de grãos chega a 208,8 milhões t, batendo novo recorde. O aumento de 7,9%, ou 15,2 milhões t, supera a produção de 2013/14, de 193,62 milhões t. Segundo a Conab, o crescimento se deve, sobretudo, ao ganho de produtividade do milho segunda safra, registrado em quase todos os estados produtores, principalmente nos do Centro-Oeste e no Paraná. A estimativa é de 54 milhões de toneladas, com aumento anual de 11,6%. 





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