O delegado Rogério Ferreira, da Delegacia de Defesa do Consumidor, disse que a investigação preliminar feita pela Polícia Civil de Mato Grosso revelou que "não é uma única empresa" envolvida nas fraudes em contratos de crédito consignado que podem ter lesado financeiramente até 12 mil servidores públicos do Estado. A principal empresa sob investigação é a Capital Consig, que integra um complexo grupo empresarial operando de maneira coordenada.
Um dos sócios da principal empresa investigada possui mais de 30 empresas, muitas delas na área de crédito. “É como se fosse um grupo empresarial. E esse grupo atua de forma coordenada”, pontuou Ferreira, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (28) ao destacar que as empresas frequentemente mudam de nome fantasia e se representam mutuamente para dar aparência de legalidade aos contratos firmados com os servidores.
Apesar da gravidade das suspeitas e da ampla repercussão do caso, ainda há poucos registros formais de vítimas. “Até o final do ano passado, nós tínhamos um único boletim de ocorrência. Mesmo com os últimos dez dias de intensa repercussão na imprensa, foi registrado apenas um boletim de ocorrência”, afirmou o delegado.
Ao todo, há entre quatro e cinco boletins registrados até o momento, o que, segundo ele, dificulta o avanço das investigações. Ferreira acredita que, a partir da exposição do caso, o número de denúncias deve crescer. “A partir de agora, vai haver um número muito maior de registros de boletins de ocorrência”, opinou.
A Polícia Civil também requisitou registros de reclamações nos Procons estadual e municipais, que poderão auxiliar na identificação e contato com possíveis vítimas. A investigação teve início a partir de denúncias internas encaminhadas por órgãos como a Controladoria Geral do Estado (CGE), a Seplag e o Procon Estadual. Esses relatórios, somados, já ultrapassam três mil páginas de documentação.
Apesar de os contratos investigados estarem “formalmente e juridicamente ok”, como destacou o delegado, o problema estaria na forma como foram oferecidos aos servidores. As ofertas, muitas vezes feitas por telefone ou redes sociais, omitiam informações essenciais ou apresentavam condições enganosas.
“Elas são formalizadas, é o que eu falei. Formalmente falando, juridicamente falando, não há nenhum problema. O contrato está formalmente, juridicamente, ok. O problema está na falta de informação ao servidor e na indução dele a erro no momento da oferta [aos servidores públicos]”, explicou,
O delegado ressalta que, apesar do número ainda pequeno de registros oficiais, o caso pode se tornar um dos maiores esquemas de lesão financeira contra servidores públicos no Estado. A investigação continua em andamento, e novos desdobramentos devem surgir à medida que mais vítimas procurarem a Polícia Civil.
ENTENDA – Uma investigação conduzida por sindicatos e pelo escritório AFG & Taques, do ex-governador Pedro Taques, expôs falhas graves nas operações da empresa Capital Consig, que gerencia o MTCard – um cartão de crédito consignado vinculado ao governo do estado. As acusações incluem desde contratos com valores alterados até transações não autorizadas pelo Banco Central, afetando funcionários públicos que foram cobrados por empréstimos nunca
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