Produtores reclamaram ao governador da infraestrutura do Estado
A reunião do governador Silval Barbosa (PMDB) com a diretoria da FAMATO (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso) e representantes da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) na manhã desta quinta-feira (27) pouco avançou em atender as demandas da classe produtiva em relação à infraestrutura.
Durante o diálogo que durou pouco mais de uma hora, o setor produtivo apresentou as dificuldades vivenciadas nos últimos meses. Por conta do período chuvoso, as estradas estão em péssimas condições de tráfego, dificultando assim que muitas quantias de grãos sejam encaminhadas a outros Estados para exportação.
O presidente da Famato, Rui Prado, explica que houve uma quebra de 2% na safra, o que acarretou ao prejuízo de R$ 500 milhões. E isso os obrigou a acionar o Seguro Agrícola, que garante ressarcimento em caso de intempéries do tempo - como excesso de chuvas. “O setor produtivo está sendo duramente prejudicado pela falta de infraestrutura nas rodovias estaduais. Precisamos de ações urgentes”.
Diante deste cenário, os produtores rurais cobraram duas medidas emergenciais: uma operação tapa buracos e recapeamento urgente em 100 dos pontos críticos; e, ainda, que no período da seca, a medida preventiva de recuperar todo o asfalto das regiões produtores seja colocada em prática.
No entanto, o governador Silval Barbosa (PMDB) alegou que o Estado não dispõe de dinheiro em caixa para patrocinar investimentos tão urgentes. Por outro lado, se comprometeu em autorizar a liberação de cinco milhões de litros de óleo diesel para as Prefeituras Municipais executar serviços emergenciais. Se as chuvas não passarem até o dia 15 de março, esta quantidade de diesel tende a ser suplementada.
Devido aos buracos, as carretas estragam e a manutenção fica mais cara, o que reincide no valor cobrado aos produtores que tiveram que acionar o Seguro Agrícola.
O panorama apresentado pelos produtores rurais não é otimista. Dos 30 mil quilômetros de rodovias estaduais, 22 mil são de terra batida, enquanto apenas oito mil já possuem asfalto, em que mais de 80% necessitam de manutenção ou restauração.