O ex-governador Silval Barbosa disse que o fechamento de sete frigoríficos em Mato Grosso, em 2015, não pode ser considerado um "erro de de gestão" de governos anteriores, como afirmou o secretário de Estado de Trabalho e Assistência Social, Valdiney de Arruda. Ele atribuiu os fechamentos à "falta de planejamento".
Segundo ele, a culpa não é do poder público diretamente. “É muito estranho que, nos seis primeiros meses de 2015, sete frigoríficos fecharam as portas. Acredito que a crise econômica nacional e a possível discussão jurídica em torno dos incentivos fiscais em Mato Grosso foram pontos fundamentais para a atual situação, mas não por falta de apoio do Estado”, disse.
Para Silval, o posicionamento do secretário de Taques é "desculpa pronta". “Em cinco anos de governo não abrimos novas plantas e, muito menos houve fechamento de frigoríficos. A situação e o motivo do fechamento em massa devem ser analisados com dados recentes, e não jogando a culpa no passado, de tudo que acontece atualmente no Estado”, ressaltou.
Segundo ele, em 2010 havia cerca de 20 frigoríficos fechados em todo Estado. "Com a política de incentivo fiscal dado pelo Estado, foram reativadas 85% dessas plantas. Assinamos um protocolo de incentivos, onde de imediato foram reabertos seis frigoríficos, gerando quatro mil empregos imediatos. Os incentivos ajudaram a reativar essas plantas paradas”, disse.
De acordo com o ex-governador, a participação do Estado em operações como essa é restrita. “O Governo tem o papel de fomentar a vinda de empresas, como os próprios frigoríficos, para o Estado através de incentivos fiscais, com a contrapartida da geração de emprego e renda. Em nossa gestão foi isso que fizemos”, disse.
Antes dos incentivos, segundo ele, a arrecadação total do segmento da carne (pecuária e frigoríficos) era de R$ 173 milhões, quando a carga tributária nominal estava em 7%. Em 2010, apontou, com a redução tributária vinculada e a geração de novos empregos, a arrecadação total chegou a R$ 336 milhões/ano. Em 2014, o setor criou aproximadamente 30 mil empregos diretos, cujo incremento gerou arrecadação total de R$ 465 milhões/ano.
Ainda em 2014, segundo Silval, a política de incentivo ao segmento, além de gerar renda direta para mais de 30 mil famílias mato-grossenses, assegurou também o processamento no território do Estado de mais de cinco milhões de cabeças de bovinos abatidos. "Sem falar dos empregos indiretos e o barateamento do acesso a proteína animal, que juntamente com arroz, feijão e leite, formaram uma política alimentar mínima da população", disse.
Luiz Roberto
Segunda-Feira, 20 de Julho de 2015, 07h49matogrossenseroxo
Segunda-Feira, 20 de Julho de 2015, 07h25Maria aparecida
Domingo, 19 de Julho de 2015, 23h01