Faltando menos de uma semana para término do prazo de entrega da Arena Pantanal para a Fifa, a Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) vai adiantar R$ 8 milhões para que as terceirizadas voltem ao trabalho. Caso o acordo não seja cumprido, a obra será novamente paralisada.
Ao menos, 15 empresas terceirizadas pela empreiteira Mendes Junior, responsável pela obra, estão paradas há quase uma semana por falta de pagamento. Os empreendimentos são responsáveis pelos serviços de acabamento do estádio. Eles alegam que a empreiteira deve entre R$ 15 a 20 milhões as empresas.
Na manhã de ontem, o grupo de empresários voltou a se reunir com o secretário de Secopa, Maurício Guimarães. As terceirizadas entraram em um acordo com a secretaria, que prometeu adiantar valores para que a Mendes Junior pague as terceirizadas.
Segundo o secretário, o governo realizou um pagamento de R$ 2 milhões na última segunda-feira. Ele também prometeu realizar um depósito de mais R$ 2 milhões ontem e mais R$ 2,3 milhões na próxima segunda(19), dois dias antes da data de entrega do estádio para a Fifa, que está programada para dia 21.
Conforme Júlio Flávio Campos de Miranda, diretor da Concremax e representante das empresas prestadoras de serviços da Arena, a empreiteira garantiu que os recursos serão repassados às outras empresas, assim que a Secopa pagar. Contudo, ele afirmou que R$ 8 milhões não serão suficientes para quitar o débito da empreiteira com as empresas, que giraria entre R$ 15 e 20 milhões. Ele disse também que mais empresas passam pelo mesmo problema.
Segundo ele, Maurício Guimarães, disse que ainda faltam R$ 26 milhões para serem quitados com a Mendes Junior, através de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS). Porém, a quantia somente será liberada após a conclusão da Arena. Mas, para que a obra caminhasse o governo do Estado autorizou a Secopa a fazer um adiantamento.
De acordo com Julio, desde fevereiro as empresas não receberam nenhum repasse da Mendes Junior e ao cobrar a empreiteira recebiam sempre a mesma resposta, de que a Secopa estaria devendo. Segundo a empresária Syrlainne Carvalho, representante da Varello Vidros, a Mendes Júnior não reconhecia as medições apresentadas e não liberava o faturamento. E disse que o serviço está quase finalizado.