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Ex-presidente da FMF é alvo de denúncia e alega perseguição

 

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A Comissão de Ética do Futebol Brasileiro (CEFB) abriu nesta semana um processo administrativo para apurar uma denúncia que aponta possível infração ao Código de Ética e Conduta do Futebol Brasileiro por parte de Aron Dresch, ex-presidente da Federação Matogrossense de Futebol (FMF), que comandou a entidade entre 2017 e 2025.

De acordo com a denúncia, Dresch teria mantido vínculos com o Cuiabá enquanto ainda exercia o cargo máximo da federação estadual, o que poderia configurar conflito de interesses e quebra dos princípios de isonomia e imparcialidade previstos no Código de Ética. A atuação paralela em uma entidade reguladora e em um clube filiado levanta suspeitas de possível favorecimento institucional.

 

Além do ex-dirigente, a acusação também cita familiares seus, como Cristiano Dresch, atual presidente do Cuiabá. A presença simultânea de membros da família em funções diretivas tanto na FMF quanto no clube é apontada como fator agravante e sugere a existência de uma estrutura de influência cruzada.

A denúncia foi recebida pela Comissão de Ética no último dia 14 de julho. Conforme os documentos de intimação enviados ao presidente da FMF e ao presidente do Cuiabá, ambos foram notificados oficialmente em 18 de julho e terão o prazo de 15 dias úteis para apresentar defesa, conforme prevê o artigo 10, inciso II, do regulamento das câmaras de investigação e julgamento.

O procedimento está sendo conduzido pela Câmara de Investigação da Comissão, que, após a fase de instrução, poderá aplicar penalidades previstas no regulamento da entidade, que incluem advertência, multa, suspensão ou até mesmo inabilitação para exercício de cargos no futebol.

A CEFB, órgão independente vinculado à estrutura do futebol nacional, tem entre suas atribuições a responsabilização ética de dirigentes, clubes e federações. A comissão ganhou notoriedade em casos anteriores, como a suspensão do então presidente da CBF, Rogério Caboclo, em 2021.

Resposta de Aron Dresch

Procurado pelo ge, o ex-presidente Aron Dresch afirmou que a denúncia tem caráter político e visa enfraquecê-lo às vésperas da eleição para a presidência da FMF, na qual é novamente candidato.

— É muito estranho que isso venha à tona apenas agora, depois de oito anos, justamente às vésperas de uma nova eleição, na qual sou novamente candidato. Se houvesse realmente alguma questão ética, isso poderia e deveria ter sido levantado durante minha gestão. É evidente que não se trata de ética, mas de uma manobra política. Tenho o apoio dos clubes, e alguns tentam me enfraquecer de alguma forma. Nosso departamento jurídico está preparando toda a documentação que comprova a legalidade dos nossos atos. Em nenhum momento tomamos decisões para beneficiar um clube específico; ao contrário, sempre buscamos melhorar as condições de todos os clubes durante a nossa gestão — declarou com exclusividade ao ge.

O presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, informou que recebeu a notificação na sexta-feira e imediatamente encaminhou o caso ao departamento jurídico, que já está tomando as providências necessárias para apresentar a resposta dentro do prazo estabelecido.

A Federação Matogrossense de Futebol ainda não se manifestou publicamente sobre o teor da denúncia. O caso segue em investigação, sob sigilo dos autos.





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