Assistir a esportes na TV é coisa do passado? Aparentemente, sim. Nos últimos anos, mais e mais pessoas estão optando pelas plataformas de streaming para acompanhar partidas e eventos esportivo. Os motivos para isso vão desde a conveniência digital até a maior acessibilidade e disponibilidade de conteúdos personalizados.
Uma pesquisa recente destaca essa mudança: em 2025, 69% dos fãs de esportes relataram ter assistido a pelo menos alguns jogos ao vivo em plataformas de vídeo sob demanda. Isso coloca o streaming em pé de igualdade com a transmissão tradicional (66%) e as redes de TV a cabo (63%). Há um ano, a TV tradicional ainda era dominante, com quase 75% dos espectadores.
Conveniência e personalização impulsionam a mudança
A conveniência está no centro das razões pelas quais os fãs estão migrando para o streaming. Nessas plataformas, eles podem assistir aos jogos de praticamente qualquer lugar, até mesmo no horário de almoço no trabalho. Essa flexibilidade se alinha aos estilos de vida cada vez mais acelerados e caóticos da modernidade, incorporando ferramentas como aplicativos móveis, Smart TVs e suporte para tablets, o que torna os esportes acessíveis com um toque na tela.
Além disso, a personalização é um divisor de águas. Enquanto a TV tradicional oferece pouco controle sobre os conteúdos assistidos, as plataformas de streaming oferecem experiências altamente customizáveis, com estatísticas em tempo real, ângulos de câmera alternativos e a capacidade de pausar, retroceder ou recomeçar os vídeos a qualquer instante.
Direitos exclusivos de transmissão
Outro fator que acelera a migração para o streaming é o crescente número de direitos exclusivos de transmissão detidos por plataformas digitais. Grandes eventos que antes eram prioritários da TV aberta, como jogos da NBA ou até mesmo o Super Bowl, agora estão aparecendo em serviços como Amazon Prime Video ou Tubi. Para os fãs, especialmente os mais jovens, essas plataformas estão rapidamente se tornando a principal fonte de esportes.
Os dados corroboram essa tendência. Em apenas um ano, o percentual de espectadores que privilegiam o streaming saltou de 23% para 30%, praticamente empatando com a TV a cabo (31%) e a TV aberta (29%). Esse aumento deixa claro que o streaming deixou de ser apenas uma opção secundária.
O papel das redes sociais
As redes sociais, por fim, apresentam-se como uma concorrente adicional à TV. De acordo com a pesquisa, no referente a conteúdo não ao vivo, 62% das pessoas se apoiam, pelo menos em parte, nas redes sociais, enquanto mais de um quarto contam totalmente com elas.
Essa integração de streaming ao vivo e redes sociais cria uma experiência esportiva digital completa e independente da TV tradicional, onde os fãs podem assistir aos jogos e comentar, compartilhar e reagir ao mesmo tempo com amigos e familiares.
Menos limitações
Se os serviços de TV ainda enfrentam restrições irremediáveis quanto a certos tipos de transmissão, as plataformas de streaming são muito mais flexíveis. Em particular, ao usar ferramentas como as redes virtuais privadas (VPN), os fãs conseguem acesso a uma gama muito maior de conteúdos, já que elas mascaram seu endereço IP.
Para aqueles que se perguntam “qual meu IP e o que ele tem a ver com as limitações de transmissão”, a relação é simples: muitas partidas ou torneios são transmitidas exclusivamente em algumas zonas do globo. O endereço IP é o que sinaliza aos serviços de streaming a localidade do espectador e se ele pode ou não ter acesso a esses conteúdos restritos. Ao mascarar essa informação, novas portas se abrem e o leque de opções é enormemente ampliado.
Além disso, as VPNs também oferecem uma camada extra de segurança, protegendo dados pessoais e histórico de atividades online dos usuários – o que é valioso diante do atual alastramento das ameaças cibernéticas.
O que o futuro reserva
Com a maior participação das novas gerações de espectadores e a crescente procura por conveniência e personalização dos conteúdos, o delineamento do futuro parece claro: muito em breve, o streaming será o real palco das transmissões esportivas.
Resta ver que outras inovações tecnológicas chegarão às casas dos brasileiros nos próximos anos. Porque se podemos aprender alguma coisa com isso é que, no mundo do esporte, a evolução não pára nunca.