Um projeto de emancipação, caso seja derrubado o veto da presidente Dilma Rousseff (PT) na votação prevista para o próximo dia 18, Mato Grosso poderá ter até 12 novos municípios nos próximos anos.Presidente da Associação Mato-grossense das Áreas Emancipandas e Anexandas (Amaea), Nelson Salim Abdala, explica que o projeto em discussão no Congresso prevê muito mais que a criação de municípios, também trata de fusões, desmembramentos e regularização de áreas.

Junto com representantes de associações de pelo menos outros seis estados, ele segue para Brasília na próxima semana a fim de defender a derrubada do veto.Abdala lembra que a proposta teve início dentro da base governista e foi amplamente discutida pelas associações junto à ex-ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman (PT), sendo, portanto incoerente a postura de Dilma em insistir na manutenção baseada somente na tese de um veículo de comunicação que afirmou que o impacto seria de R$ 9 bilhões.

Segundo o presidente, além de não gerar despesas para a União, a criação dos municípios promove o desenvolvimento dos distritos que poderão ter mais condições de oferecer saúde, educação e outros serviços à sua população, inclusive a geração direta de, pelo menos, 80 empregos.

Em Mato Grosso, poderão pleitear a emancipação os distritos que tenham, no mínimo, 6 mil habitantes. Dentre os 57 projetos listados na Amaea, de 10 a 12 já reúnem as condições para ter início imediatamente após a promulgação da lei.

Contudo, de acordo com Abdala, a eleição de prefeitos e vereadores dessas novas cidades só deve ocorrer em 2016, quando são realizadas as eleições municipais em todo o país.