Terça-Feira, 18 de Março de 2014, 08h53
Wilson Carlos Fuá
Em busca da perfeição

Wilson Carlos Fuá

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A possibilidade da perfeição leva as pessoas a quebrar o estado de encanto. Porque não levam a vida na medida das possibilidades, desenvolvendo pouca exigência de si mesma e das outras. Ao viver submisso as vaidades, as coisas simples perdem o encanto. O encanto pelas pessoas é que nos prende ou nos afasta do prazer de estar reunidos pela satisfação de estar por estar. 

O encanto pelos lugares com as particularidades das ruas e seu modo de vida, é que nos faz aumentar o poder de contemplação da beleza de tudo que é natural e ao nosso alcance. 

Porém, as pessoas estão muito exigentes e querendo ser certinha demais, e em busca da perfeição estão tentando fugir do efeito natural do envelhecimento com sucessivas circunstâncias mágicas, tirando ou acrescentando o estado natural do corpo, esquecendo que o estado da alma é que dá o retorno da felicidade em forma de aceitação, pois através desse estado, é que por um momento nos deixa assim suspenso no ar. 

Essas emoções estão esquecidas dentro de nós mesmos e ao encontrá-la ficamos a sorrir dos atos passados e por um momento ficamos sem quer mais nada, ficamos a imaginar como seria possível eternizar essa satisfação emocional, mas é nesse estagio encontrado por algumas pessoas que a distingue das que ainda não encontrou a fórmula mágica do encanto da alma. 

Querer ser e exigir a perfeição das pessoas, quebra todo o encanto de vida, por isso que nas reuniões sociais convivemos com pessoas que estão escravizadas por querer resumir a sua vida em atos perfeitos, e ainda não entenderam que somos escravos das nossas atitudes e quando elas não são bem administradas, facilmente transformam-nos em vítimas da obsessão. 

É melhor viver no teatro das possibilidades, do que, ficar eternamente sonhando o espetáculo da perfeição. 

WILSON FUÁ é economista em Mato Grosso


Fonte: FOLHAMAX
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