Quarta-Feira, 09 de Abril de 2014, 11h19
LUTA PELA VIDA
Cadela jogada de viaduto de Cuiabá volta a andar

G1

\"TIGRESA\"

 

Depois de 10 meses, a cadela Tigresa, que sobreviveu após ser jogada do viaduto da Avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA), em Cuiabá, retirou os fixadores de metal que foram colocados em uma das patas. Nesta terça-feira (8) ela arriscou dar os primeiros passos sem a ajuda dos acessórios. Em julho de 2013, o animal foi jogado de uma altura de 10 metros.

De acordo com Michelle Scopel, voluntária de uma Organização Não Governamental (ONG) que fez o resgate na época, após conviver seis meses com os fixadores, finalmente a cadela vai poder tentar se locomover sem eles. O animal chegou a ser colocado para adoção, mas Michelle decidiu adotá-lo.

Na recuperação de Tigresa, os fixadores foram colocados na pata esquerda, membro que ela quebrou no na queda. Mesmo durante esses meses, o bicho ainda conseguia andar, ainda que com dificuldade e inclinando para a frente.

Michelle gravou um vídeo de Tigresa andando logo após tirar os fixadores. (Veja ao lado). “Fizemos um raio-X e vimos que o osso calcificou. Ela vai ficar sensível, mas temos que ver como ela vai reagir sem esses fixadores. A pata direita dela está torta, não tem articulação, mas mesmo assim ela consegue apoiá-la”, disse Michelle.

Tigresa ainda tinha a opção de colocar uma placa nesse local, no entanto, segundo os veterinários que a atenderam, a chance de dar certo era mínima e acabaria com o membro amputado. \"O osso da pata esquerda está bem fino, ainda corre o risco de quebrar a pata. Mas temos que esperar como ela vai se comportar\", informou.

A voluntária diz que Tigresa reagiu bem após o procedimento de retirada dos pinos. A cadela convive com outros cachorros e gatos na casa de Michelle. Por precisar de cuidados especiais, Tigresa dorme no quarto da dona. \"Ela é a dona do pedaço. No início ela não aceitava ração, apenas comida. Hoje ela come bem, até pula no sofá\", contou.

História

Tigresa ficou 46 dias internada depois do acidente. A cadela também passou por mais de três cirurgias reparadoras. Segundo os veterinários, ela fraturou uma das vértebras e múltiplas fraturas nas duas patas dianteiras. Por alguns meses também precisou ficar com o pescoço e as duas patas imobilizadas. A pessoa que teria jogado a cadela do viaduto não foi identificada ou presa pela polícia da capital.

O caso dela ganhou repercussão nas redes sociais e chegou a criar uma fila de interessados em adotá-la. Parte dos custos no tratamento de recuperação de Tigresa foi bancado através de doações de pessoas que se sensibilizaram com a história da cadela.


Fonte: FOLHAMAX
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