Quinta-Feira, 17 de Abril de 2014, 11h58
Comerciantes fazem protesto contra atrasos em obras da Copa

G1

Comerciantes da Avenida da Feb, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, fizeram um protesto nesta quinta-feira (17) em frente ao prédio da Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) contra os atrasos nas obras de mobilidade urbana relacionadas ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), meio de transporte público definido para atender a demanda da Copa do Mundo na capital, mas que não ficará pronto até o mundial, em junho deste ano.

A assessoria da Secopa informou que existe um comitê composto por várias instituições, entre elas a que representa os empresários de Várzea Grande. Porém, alegou que o representante desse grupo nunca compareceu às reuniões realizadas semanalmente para discutir sobre a execução e andamento das obras da Copa.

Por causa das obras ao logo da avenida, onde serão instalados os trilhos do VLT, o acesso aos comércios é dificultado, conforme o empresário Luciano Nabarrete. \"Tem alguns comércios que nem mesmo o dono consegue entrar, imagine os clientes\", reclamou. Ele disse a maior indignação dos comerciantes se dá em razão da falta de informação acerca do cronograma das obras da Copa. \"Cada dia muda o prazo de entrega e nós ficamos sem saber o que está acontecendo\", cobrou.

Após o início das obras e interdição de trecho da avenida, Luciano contou que as vendas caíram pelo menos 30% no estabelecimento dele. \"Alguns comércios tiveram que demitir funcionários porque o movimento diminuiu muito\", pontuou. As obras que visam preparar a avenida para a instalação do VLT começaram há aproximadamente dois anos e várias intervenções já foram feitas.

Pelo contrato firmado com o Consórcio VLT, a obra deveria ser concluída em março deste ano. Porém, nesse prazo, nem mesmo os trilhos estão instalados. Diante do atraso na execução do projeto, que custará R$ 1,4 bilhão aos cofres públicos, o governo admitiu que a obra não estará pronta a tempo da Copa e que a previsão é que comece a funcionar somente em 2015.


Fonte: FOLHAMAX
Visite o website: https://www.folhamax.com/