A possibilidade de o empresário Eraí Maggi (PP) ser o escolhido para a vaga de candidato a vice-governador na chapa do senador Pedro Taques (PDT) ao Palácio Paiaguás não tem agradado às legendas que compõem a aliança do pedetista. 

Depois do presidente do PSB, prefeito de Cuiabá Mauro Mendes, reclamar publicamente do convite de Taques a Eraí; o presidente do PSDB no Estado, deputado federal Nilson Leitão, afirmou não concordar com o convite do senador ao empresário. 

O tucano defende que ainda não é o momento para se definir o nome do candidato a vice. Avalia que essa deve ser uma das últimas discussões do grupo e ressalta que a decisão não pode ser unilateral. 

Nos bastidores, a informação é que o PSDB, assim como o PSB, estaria pleiteando espaço na chapa majoritária de Taques. Como a vaga ao Senado já estaria definida – o candidato deve ser o senador Jayme Campos (DEM), que buscará a reeleição -, o único espaço é o de vice. 

Entre os tucanos, o candidato que seria considerado como ideal é o ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Marino Franz. Ele, aliás, já teria o apoio também do atual prefeito da cidade, Otaviano Pivetta (PTD). O próprio Leitão, no entanto, também já teria sido cotado. 

Mendes, todavia, já anunciou que não abre mão da indicação. Ele entende que o PSB é um dos aliados de mais longa data de Taques e, por ter um candidato à presidência da República, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, merece o espaço. 

Os socialistas avaliados seriam a deputada estadual Luciane Bezerra, o ex-prefeito de Rondonópolis Adilton Sachetti, ou mesmo o ex-secretário de Governo de Cuiabá Fábio Garcia. 

Taques, por sua vez, mesmo tendo feito o convite a Eraí há mais de 30 dias, ainda não comunicou oficialmente os partidos que compõem o Mato Grosso Muito Mais (PDT, PSB, PPS, PV, DEM e PSDB). 

O interesse em Eraí teria diversos motivos. O empresário representa o agronegócio, um setor que o partido de Taques pretende atrair. O presidente regional do PDT, deputado estadual Zeca Viana, já declarou que tem em vista o fato de o setor corresponder a 70% da economia do Estado. 

Além disso, Eraí poderia garantir a Taques o apoio de seu colega de parlamento, o senador Blairo Maggi (PR). Isso porque haveria entre os primos um acordo de estarem do mesmo lado na eleição deste ano.