Sábado, 10 de Maio de 2014, 09h02
CRISE NA OPOSIÇÃO
Jaime admite Governo e aponta que Mauro torce por derrota de Taques
Senador afirma que \"não é traíra, nem escorpião\" e cobra lealdade de Taques

CLÁUDIO MORAES
Enviado a Barra do Garças

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Em encontro regional do DEM na noite desta sexta-feira, em Barra do Garças, o senador Jaime Campos (DEM) reafirmou que a intenção é permanecer dentro da coligação que lançará o senador Pedro Taques (PDT) como candidato ao Governo. Todavia, ele admitiu a hipótese de encarar a disputa pelo palácio Paiaguás, caso seja traído dentro do grupo de oposição.

“Não tenho medo de enfrentar ninguém. É só colocar um pouco mais de água no feijão, até porque quem é candidato a senador pode, perfeitamente, ser a governador”, colocou.

Segundo ele, não existe nenhuma aliança política definida e muitas alterações devem acontecer até o dia 30 de junho, data limite para as convenções. \"Não quero ser incômodo e quero participar de uma coligação que seja boa para os dois lados. Não sou traíra, nem escorpião. Portanto, já deixo avisado que quem for leal comigo, terá a mesma reciprocidade”, disparou o senador. 

Ex-governador do Estado, Jaime descarta ficar ausente do processo eleitoral deste ano, já que, caso o grupo de oposição não o aceite como candidato a reeleição, poderá disputar a chefia do executivo estadual. “Os amigos colocam você na política, mas os inimigos não te deixam sair”. 

Jaime Campos fez uma comparação ainda com outros pré-candidatos ao Governo. \"Não sou peso morto neste processo eleitoral. Candidato melhor que Jaime Campos não tem. Pode ter igual\", analisou.

Para o senador, a aliança com o grupo de oposição, encabeçado pelo senador Pedro Taques, depende mais do pedetista do que dele, já que as pesquisas apontam viabilidade de seu projeto a reeleição. “Quem vai rejeitar um candidato que está com 40% nas pesquisas. E olha que eu ainda nem comecei a jogar. Só estou aquecendo na beira do campo”, afirmou.

O democrata não poupou críticas as reuniões que estão ocorrendo no grupo de oposição com o PR, sem a presença de seu partido. “As vezes, dizem que eu falo muito, mas costumo ser leal e fiel. Não faço reuniões de madrugada”, criticou.

No discurso, Jaime aproveitou para alfinetar o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), que é, dentro do grupo de oposição, o maior entusiasta pela aproximação com PR. Segundo o senador, todos os partidos do grupo acreditam que a aliança com os republicanos não será compreendida pela sociedade e pode significar a derrota de Pedro Taques, hoje considerado o principal favorito a sucessão de Silval Barbosa (PMDB). “Tem alguns cidadãos que estão do lado do Pedro Taques, mas no fundo torcem pela derrota dele”, assinalou.

Jaime Campos declarou que, em caso de aliança, o pedetista não terá como criticar a gestão estadual, uma vez que a legenda possui cargos estratégicos no Governo. “Eles estão há 12 anos na mamadeira e agora querem se aliar a nós. Se eles se unirem ao grupo, vai perder a eleição, e não será por falta de aviso”, assinalou.

GESTÃO SOFRÍVEL

O senador Jaime Campos também criticou a atual administração do governador Silval Barbosa (PMDB). \"Mato Grosso tem uma gestão sofrível. Temos uma receita grande, mas este governo não consegue nem prestar os serviços essenciais\", afirmou, ao comparar que na década de 90 no período em que governou o Estado a arrecadação anual era de R$ 320 milhões e hoje são R$ 14 bilhões.

Para o senador democrata, o desafio do próximo governador será recuperar a moralidade nas finanças públicas. \"Quem for eleito, terá que fazer um governo moderno, avançado e honesto respeitando o dinheiro do contribuinte\", opinou.

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Fonte: FOLHAMAX
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