A cúpula da Segurança Pública do Acre negou durante coletiva de imprensa na segunda-feira uma crise entre as polícias Civil e Militar do Estado. No sábado, um grupo de 50 policiais militares invadiu a Delegacia de Flagrantes (Defla), em Rio Branco, após o delegado Leonardo Santa Bárbara ter d`do voz de prisão ao sargento James Wendel Caetano da Silva da Polícia Militar durante o registro de um boletim de ocorrência.

Segundo o secretário de Segurança Pública Reni Graebner, os procedimentos penais e administrativos cabíveis foram tomados conforme cada conduta, de acordo com o que está apurado pelas corregedorias e julgado pela Justiça. Porém, não foram dados prazos pelos responsáveis. "O governo do Estado e gestores da Segurança Pública são contra qualquer tipo de ilegalidade, mas precisamos primeiro da apuração dos fatos e caberá à Justiça a decisão de responsabilizar aqueles que praticaram eventual abuso ou ilegalidade", disse Graebner, ressaltando que o episódio foi isolado. 

O comandante da Polícia Militar, coronel José Anastácio, informou que o trabalho integrado entre as corporações foi retomado na mesma noite e lamentou o incidente, mas evitou apontar culpados. "Não vamos fazer juízo de valor. A polícia trabalha com fatos e documentos e é isso que será apresentado em juízo, para que a Justiça faça os devidos julgamentos. Sem uma apuração conclusa é impossível, e até desonesto, apontar errados e culpados", analisou o coronel Anastácio.

O corregedor da Polícia Civil, Carlos Flávio Portela Richard, ressaltou que todos têm o direito de defesa. "Ninguém pode ser punido sem o devido processo, sem a apuração dos fatos, das provas, e todos têm o direito de defesa. As penalidades, penais e administrativas, serão aplicadas conforme cada conduta apurada, após o julgamento pela Justiça", completou.