Os primeiros resultados divulgados às 20h desde domingo (15h em Brasília), apontam para uma vitória a aliança Nova Frente Popular (NFP), formada pela esquerda, no segundo turno das eleições legislativas antecipadas na França. Contrariando todas as previsões, a legenda ficou na frente da a coalizão de centro-direita apoiada pelo presidente Emmanuel Macron alcançou. A extrema direita, apontada durante toda a campanha como favorita, ficou em terceiro lugar.
Após uma campanha eleitoral que durou apenas três semanas, os resultados das urnas surpreenderam. A tendência anunciada apontava a vitória da extrema direita, mas o vencedor do pleito foi a aliança Nova Frente Popular (NFP), formada pelos quatro maiores partidos da esquerda francesa, seguida da coalizão de centro-direita.
A aliança Nova Frente Popular (NFP), se formou após os resultados do primeiro turno, quando a coalizão da esquerda e a aliança de centro-direita teceram mais de 200 pactos locais implícitos, a chamada "frente republicana", retirando candidatos com menos votos para impedir uma vitória esmagadora de Le Pen e seus aliados.
As legislativas foram convocadas pelo presidente Emmanuel Macron após os resultados das eleições europeias em 9 junho, quando a extrema direita francesa saiu vitoriosa. O pleito antecipado não era obrigação, mas Macron tentou reunir o país contra os ultranacionalistas como já havia feito na eleição presidencial e nas eleições legislativas em 2022.
A França já havia escolhido 76 parlamentares para as 577 cadeiras no primeiro turno do pleito. Destes, metade eram do partido de extrema direita Reunião Nacional (RN) de Marine Le Pen e seus aliados.
Segundo as estimativas, a aliança de esquerda de conquistar entre 172 e 192 assentos. A coalização de centro-direita deve obter entre 150 e 170 cadeiras, enquanto a extrema direita alcançará entre 132 e 152 assentos.
Participação
Quase 50 milhões de franceses foram convocados para escolher os deputados que compõem a Assembleia Nacional. O pleito foi marcado por uma taxa de participação elevada com o comparecimento de mais de 65% dos eleitores.
A mobilização era uma das principais incógnitas deste pleito. O voto não é obrigatório na França e o escrutínio acontece no primeiro fim de semana das férias de verão no hemisfério norte, o que poderia ter um impacto nas urnas.
Observador Atento
Domingo, 07 de Julho de 2024, 20h13