Após apanhar de um colega em uma escola particular de Águas Claras, um adolescente, de 15 anos, urinou sangue e foi internado na unidade de terapia intensiva (UTI). O caso ocorreu na quarta-feira (7/5). Segundo a mãe, o garoto levou um soco na lateral do abdômen após o autor, que tem 16 anos, ficar nervoso por conta de um desentendimento entre colegas em sala. A família preferiu não se identificar.
A direção do colégio teria advertido o filho dela e suspendido o menino que deu o golpe. Em casa, o adolescente agredido percebeu coágulos de sangue ao urinar. O estudante começou a sentir uma dor intensa a ponto de ter que ir ao hospital. “Meu filho me ligou falando: ‘Mãe, tô com uma dor no abdômen, no lado esquerdo'”, contou.
De acordo com a mãe do menino, incialmente, o estudante tentou esconder o motivo, por medo do menino responsável pelos golpes. “Depois que ele fez xixi, a dor aumentava gradativamente a cada minuto”, completou.
Pancada
Enquanto a mãe saía do trabalho, no Plano Piloto, o padrasto do garoto o levou ao hospital. Na unidade particular, os médicos pediram um exame de urina e constataram que não havia infecção ou algo do tipo, e que o problema havia de fato sido causado por alguma pancada.
“Quando veio o resultado da tomografia, o médico falou que era muito estranho, porque ele notou uma pancada no rim, o que era totalmente incompatível com uma infecção. Ele não sentia ardor ao fazer xixi, mas tinha sangramento na urina”, relata a mãe. Neste momento, o rapaz confessou que havia sido agredido.
UTI
Desde então, o garoto está na UTI. “Ele deve ficar por sete dias para que os médicos analisem o quadro evolutivo”, conta a mãe do menino. “Ele pode precisar de uma cirurgia na qual ele pode até perder o rim, porque é uma cirurgia de difícil acesso para enxergar aonde está machucado”, relata.
Para além da preocupação com o filho, a mãe lamenta o caso de agressão. “Eu ensino empatia, amor ao próximo, amizade ao meu filho. A gente o colocou numa escola particular achando que ele estaria numa situação melhor e acaba passando por isso dentro de sala de aula”, comenta.
Depois que o garoto se recuperar, a mãe pretende transferi-lo de colégio. “A única certeza que eu tenho é que ele precisa sair daquela escola. Tem a questão da vergonha que ele está sentindo, do medo da retaliação em estar pelas ruas de Águas Claras e poder encontrar [o agressor] em qualquer esquina… até eu penso em me mudar daqui”, relata.