Mundo Domingo, 08 de Outubro de 2023, 21h:00 | Atualizado:

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SEM CAOS

Após proibição, controladores de voo desistem de greve

 

Metrópoles

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Os controladores aéreos da empresa estatal NAV Brasil, representados pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Proteção ao Voo (SNTPV), desistiram da greve que havia sido convocada para segunda-feira (9/10).

O cancelamento da paralisação se deve à decisão da Justiça do Trabalho, que proibiu a interrupção dos serviços, sob pena de uma multa diária de R$ 100 mil.

Como noticiado pelo Metrópoles, a Justiça determinou que 100% dos empregados que atuam no serviço de controle do tráfego aéreo do país continuasse operando normalmente.

De acordo com o despacho do ministro José Godinho Delgado, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), 90% dos empregados que atuam nas atividades de segurança e operação aérea deveriam se manter em operação normal.

No caso dos demais trabalhadores, que não estão ligados ao controle do tráfego aéreo e à segurança, a paralisação poderia atingir até 40% das operações.

A NAV Brasil havia pedido à Justiça que declarasse o movimento grevista ilegal, o que não ocorreu. A estatal se disse “surpreendida” com a convocação do sindicato. Para a companhia, a paralisação comprometeria “a segurança nacional e a segurança da navegação aérea e dos usuários” e “compreende os horários mais críticos para o tráfego aéreo nacional”.

Na segunda-feira, os controladores de voo pretendiam suspender as atividades por uma hora, das 7h às 8h. Se não fosse fechado um acordo até o dia 16, a ideia seria ampliar o horário de paralisação para duas horas por dia, das 7h às 8h e das 18h às 19h, sempre nos horários de pico.

O sindicato reivindica um reajuste salarial de 8,5% para os trabalhadores, além de melhorias no auxílio-saúde e abertura de novos concursos para a contratação de pessoal nos setores administrativo e operacional da NAV Brasil. A empresa, por sua vez, propôs um aumento salarial de 4,83%, mas o sindicato recusou a oferta.

Se a paralisação ocorresse, seriam afetadas decolagens em 23 aeroportos do país, entre os quais Guarulhos (São Paulo), Viracopos (Campinas) e Santos Dumont (Rio de Janeiro), o que certamente levaria a um caos aéreo.





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