Um avião da Azul atolou ao tentar decolar do aeroporto de Fernando de Noronha, neste domingo (22). A aeronave, que tinha como destino o Recife, se preparava para iniciar o voo quando o asfalto da pista cedeu. Ninguém ficou ferido.Segundo o governo de Pernambuco, o avião já foi retirado e a pista, liberada. Não houve cancelamentos de voos, de acordo com a Administração da ilha.
O acidente aconteceu por volta das 11h, poucos minutos antes da decolagem, que estava prevista para as 11h10. Imagens enviadas ao g1 mostram os funcionários da empresa cavando na pista para retirar o asfalto debaixo da roda e desatolar o avião.
Procurada, a Azul Linhas Aéreas disse que a aeronave, que ia fazer o voo AD4719 (Fernando de Noronha-Recife), teve a roda do trem de pouso traseiro afundada no asfalto durante o "pushback", um procedimento anterior à decolagem.
A empresa afirmou, ainda, que os clientes desembarcaram em segurança, receberam assistência e foram reacomodados em outros voos. “A aeronave já foi retirada do local e passará por uma inspeção técnica”, informou a companhia aérea por meio de nota.
O que diz o governo do estado
A Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura de Pernambuco (Semobi), responsável pela pista do aeroporto, também se pronunciou sobre o caso.
A Semobi informa que o incidente ocorrido neste domingo (22), envolvendo uma aeronave no pátio do Aeroporto de Fernando de Noronha, não comprometeu a operação do terminal, que segue funcionando normalmente.
A aeronave envolvida já está se preparando para decolar sem registro de danos estruturais relevantes ou impactos à segurança das operações.
Como medida preventiva, serão realizados reparos emergenciais imediatos no local do incidente, a fim de assegurar a plena integridade da infraestrutura aeroportuária.
A pista de pouso e decolagem, requalificada e entregue pelo Governo de Pernambuco no primeiro semestre de 2025, permanece em plena funcionalidade, atendendo aos padrões técnicos exigidos pelos órgãos reguladores da aviação civil.
No início do segundo semestre deste ano, começam as obras de reestruturação das pistas de taxiamento e do pátio de aeronaves, conforme o cronograma estabelecido. A Semobi segue em articulação com os operadores responsáveis e acompanha tecnicamente a situação para garantir a segurança e a continuidade dos serviços aeroportuários na ilha.
A Dix Aeroportos, empresa concessionária do aeroporto da ilha, também divulgou uma nota sobre o caso.
“A Dix informa que de imediato acionou os planos de emergência e cuidou de todos os processos para garantir a segurança operacional no aeroporto, que continuou com suas operações regulares, sem mais nenhuma intercorrência”, informou a empresa.
A Dix indicou que o voo AD4719, da companhia aérea Azul, decolou às 14:10 com destino ao Recife. “Salientamos que o pátio de manobras faz parte do sistema de pista do aeroporto que está passando por processo de requalificação, este realizado pelo governo do estado de Pernambuco”, revelou a empresa.
O que diz a Ministério dos Portos e Anac
O Ministério de Portos e Aeroportos e Anac informam que solicitaram imediatamente do governo de Pernambuco esclarecimentos com relação à manutenção da pista de pousos e decolagens bem como do pátio de aeronaves do Aeroporto de Fernando de Noronha em virtude do ocorrido neste domingo (22), com a aeronave Embraer 195 E2 da Azul Linhas Aéreas que, ao se preparar para decolar com destino ao Recife , teve o trem de pouso afundado no pátio durante o procedimento de pushback.
As obras de requalificação do terminal aéreo estão sob gestão do governo do estado de Pernambuco, responsável pela execução dos serviços de melhorias.
Apesar do ocorrido, a operação no Aeroporto de Fernando de Noronha não foi comprometida.
Obra
Em outubro de 2022 , a Anac proibiu a operação de aerojatos no aeroporto Carlos Wilson por conta dos buracos e fissuras na pista. A obra de recapeamento teve uma série de atrasos e começou em setembro de 2024. O serviço de recuperação, orçado em R$ 60 milhões, é executado pelo governo do estado. A primeira fase foi concluída com a pavimentação do eixo central, o que possibilitou a liberação da operação dos jatos em março deste ano.