Um tapa na cara não é algo a ser celebrado e merecedor de elogios. A não ser que seja numa competição mundial, com regras bem definidas, consenso das partes e premiação. Sim, existem torneios, sobretudo na Rússia e na Polônia, para definir quem é o melhor "estapeador" do mundo.
Atualmente, é o russo Vasiliy Khamotiskiy, que se tornou um sucesso na internet por causa da precisão e força dos seus tapas. Mas o Brasil também tem um grande nome no cenário: Zuluzinho, que dividiu o título mundial de 2020 com o russo.
Filho do lendário "Rei Zulu", ícone do vale-tudo no Brasil, Zuluzinho, ou Wagner da Conceição Martins, conta como funciona a modalidade, que não tem uma federação mundial. Mas já conta com uma representação nacional, a Federação Brasileira Slap in the face, que começa a organizar torneios nacionais em parceria com uma marca de suplementos. Ele faz parte da comissão de arbitragem.
– Na regra russa, só pode usar do meio da mão até a ponta dos dedos. É proibido acertar olhos, queixo e orelhas. Cada competidor tem direito a cinco tapas. Também não pode tirar os pés do chão, apenas girar o quadril, como se fosse um cruzado no boxe – diz Zuluzinho, que organiza eventos no Maranhã e em outros estados do nordeste.