AFP
A Prefeitura do Rio informou que irá multar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) por descumprir protocolos sanitários durante a final da Copa América, no último sábado (10), no Maracanã. A infração foi considerada "gravíssima", e a multa será de R$ 54 mil.
A determinação pela multa é do Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e de Inspeção Agropecuária (Ivisa-Rio). Segundo o instituto, a CBF, organizadora do evento, descumpriu as regras sanitárias determinadas pela Conmebol e pela prefeitura. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que esteve no local e constatou os seguintes pontos:
- "Aglomeração nos acessos ao estádio gerado pela desorganização no credenciamento de convidados, pois não houve escalonamento de horário de chegada à partida, além da insuficiência da estrutura de acolhimento montada pelo organizador".
- "Houve o respeito à limitação de 10% da capacidade instalada de cada setor do estádio para a ocupação de público".
- "Apesar dos esforços do organizador foi constatado que parte significativa do público insistia em permanecer sem máscara facial e desrespeitando o distanciamento mínimo estabelecido de 2 m entre grupos e famílias".
- "Não foi realizado testagem dos convidados no local da partida, por meio da pesquisa de antígeno por swab, conforme pactuado pelo organizador no Protocolo Sanitário submetido à aprovação da SMS".
- "Tendo em vista a denúncia de que convidados teriam apresentado testes RTC PCR supostamente falsos, a SMS fará o rastreamento por amostragem e que, caso se comprove tal prática, tomará as medidas pertinentes".
No Diário Oficial, a Secretaria Municipal de Saúde obrigava "a acomodação do público sentado, assegurando o espaçamento mínimo de metros entre cada indivíduo ou família"; e "o controle de acesso de público inclusive nos locais de testagem e demais ambientes do estádio". Antes do jogo, torcedores brasileiros e argentinos se aglomeraram nos portões de entrada do Maracanã, muitos sem máscara. O público presente era de convidados - não houve venda de ingresso -, e ainda assim houve confusão com os seguranças do estádio.
Também houve denúncia de falsificação de exames de RT-PCR, obrigatórios para a entrada no estádio. Houve registro de que pessoas vendiam resultados negativos falsos por até R$ 150.