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Conheça a chinesa Keeta, que vai desafiar iFood e 99Food no Brasil

Empresa vai investtir R$ 5,6 bilhões no Brasil

O GLOBO

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O governo brasileiro divulgou nesta segunda-feira que empresas chinesas vão investir R$ 27 bilhões no país nos próximos meses como resultado de acordos firmados por ocasião da visita do presidente Lula a Pequim. Entre os investimentos previstos, está a chegada da Keeta, aplicativo que domina o mercado de delivery na China e que virá para o Brasil nos próximos meses, desafiando o iFood, conforme antecipou a coluna Capital.

O app é da Meituan, uma gigante que vale mais de R$ 600 bilhões na Bolsa de Hong Kong e vai investir R$ 5,6 bilhões no Brasil nos próximos cinco anos. Para desafiar o domínio do iFood no país, a empresa asiática vai utilizar a marca Keeta, com a qual já opera em mercados fora da China continental — até agora, Hong Kong e Arábia Saudita.

Os conglomerados chineses costumam atuar sob nomes diferentes fora da China. É o caso do TikTok, por exemplo, cujo app similar na China é o Douyin. A ofensiva da Meituan faz parte de um movimento recente pelo qual novos players tentam capturar uma fatia da participação do iFood no mercado de delivery de restaurantes, estimada em mais de 80%. 

No mês passado, outra chinesa, a Didi, controladora da 99, anunciou o retorno do 99Food e um investimento de R$ 1 bilhão no segmento no Brasil. Já o Rappi — que, desde que o Uber Eats fechou as portas, era praticamente o único concorrente relevante do iFood — anunciou nos últimos dias que vai zerar a taxa cobrada de restaurantes pelos próximos três anos.

Escritório em São Paulo

A coluna apurou que a Meituan — que já abriu escritório na Vila Olímpia, em São Paulo, segundo fontes próximas à companhia — vem intensificando seus encontros com grandes redes de restaurantes brasileiras nas últimas semanas. Por ora, a empresa revela poucos detalhes do plano a esses interlocutores, mas afirma que a ideia é se estabelecer agressivamente no país nos próximos meses, começando pelo Sudeste, de acordo com as fontes. A gigante chinesa está mirando tanto grandes redes quanto a "cauda longa" dos restaurantes, com lojas de bairro.

— Eles não têm como entrar de leve, porque a dominância do iFood é muito grande. Para o setor, é uma ótima notícia, até pela dimensão do novo entrante. No mundo, a Meituan tem dez vezes o tamanho do iFood — contou à coluna Capital o CEO de uma das maiores redes de fast food operando no Brasil.

Não está claro como a Meituan vai gastar os bilhões que pretende investir no Brasil, mas a maior parte dos recursos tende a ser consumida com subsídios a consumidores (como taxa de entrega reduzida) e a restaurantes (menor taxa de intermediação), além de marketing agressivo.

Concorrência na China

“Estamos ansiosos para trazer o Keeta ao Brasil, com o objetivo de melhorar a experiência dos consumidores, impulsionar o crescimento dos restaurantes parceiros e gerar mais oportunidades para entregadores parceiros em todo o país”, disse nesta segunda-feira, em comunicado, o CEO da Meituan, Wang Xing, antes da cerimônia em Pequim com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“O Brasil é um grande mercado, com potencial ainda maior. É um privilégio poder contribuir para o seu crescimento econômico e para que os brasileiros tenham mais escolhas.”

A Keeta foi lançada pela Meituan em 2022 em Hong Kong. No ano passado, entrou no mercado da Arábia Saudita. O braço internacional surgiu no momento em que a Meituan passou a enfrentar maior concorrência no delivery de comida na China, com rivais como o Ele.me (do Alibaba) e o próprio Douyin, a versão chinesa do TikTok, que também opera no segmento em seu país natal.

Fundada em 2010, a Meituan entregou 98 milhões de refeições por dia em 2024 e somou US$ 46,6 bilhões em receitas no ano.





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Comentários (1)

  • Carlos Nunes

    Terça-Feira, 13 de Maio de 2025, 13h42
  • Pois é, ainda vai investir? Já tão contando com o ovo na sambiquira da galinha? Como diz o velho ditado: esmola, quando é muito... até o Santo desconfia. O que será que o Governo COMUNISTA Chinês quer do Brasil? É melhor nós descobrirmos logo. Antes que seja tarde. Na China não há Liberdade de Opinião e Expressão nem Imprensa Livre nem Partidos Políticos Opositores. O Governo COMUNISTA Chinês esmagou a pouca Oposição que havia em Hong Kong.
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