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MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Copacabana perde 10% de sua faixa de areia e continua a encolher; entenda

 

O TEMPO

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O tempo quente é um convite à praia. Mas, no Rio de Janeiro, pode também se tornar um problema para frequentá-la. Nos últimos dez anos, a praia de Copacabana perdeu 10% de sua faixa de areia devido ao aumento do nível do mar, e a tendência é que continue a perder espaço nas próximas décadas.

A conclusão é de um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que analisou as praias entre o Porto do Rio, no centro da cidade, e o Leblon, na Zona Sul. Em Copacabana, um dos principais cartões postais da capital carioca, a projeção dos pesquisadores é que a faixa de areia chegue a 2100 com 100 m a menos do que no início deste século.

O estudo leva em consideração o cenário mais conservador sobre as mudanças climáticas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Caso a temperatura do planeta se eleve 2ºC acima da média do período pré-industrial (1850-1900), o nível do mar se elevará 75 cm — o suficiente para prolongar inundações em algumas regiões do Rio, como Niterói.

O grande problema é que, no ritmo atual de emissão de gases do efeito estufa, o planeta pode ficar 4ºC mais quente. Essa projeção global considera os polos Norte e Sul e os desertos. Por isso, ainda que a média possa parecer baixa, o aumento tem um potencial catastrófico localmente, como no Rio de Janeiro.

Uma das autoras do estudo, a pesquisadora do Laboratório de Métodos Computacionais (Lamce) da UFRJ Raquel Toste, explica ao jornal O Globo que o aumento do nível do mar é gradativo, de cerca de 7,5 mm por ano. Mesmo que seja aparentemente pequeno, isso basta para aumentar o efeito de fenômenos que já causam transtornos, como ressacas e marés altas.

A Organização das Nações Unidas (ONU) já alertou, no último ano, sobre o perigo que ronda o Rio de Janeiro. A projeção do órgão é que o oceano pode se elevar até 21 cm até 2050 e causar inundações na capital carioca. Após o aviso, a prefeitura do Rio assinou um acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas (Inpo) para monitoramento da agitação marítima, elevação do nível do mar e temperatura do oceano.





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