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PANDEMIA

Covid-19 para de cair em sete capitais e sobe em quatro

 

VALOR ECONÔMICO

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Os indicadores da covid-19 têm arrefecido em meio ao avanço da vacinação, mas duas análises divulgadas na última semana apontam que o país ainda passa por um momento de incerteza sobre o futuro da pandemia. A estabilização do número de casos e mortes em algumas regiões do país acende um alerta, afirmam pesquisadores, na medida em que a imunização com a segunda dose ainda atinge menos de 20% da população e enquanto aumentam os casos de circulação da variante Delta.

De acordo com o boletim InfoGripe, da Fiocruz, embora o quadro no país seja de predomínio de queda ou estabilidade nos casos e óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), quatro capitais - Manaus, Macapá, Porto Alegre e Vitória - registram alta nesses indicadores, enquanto outras sete - Brasília, Florianópolis, João Pessoa, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro e Teresina - indicam interrupção da tendência de queda ou manutenção de platô.

A análise foi feita com dados coletados até o dia 12 de julho. Cerca de 98% dos casos de SRAG são de covid-19.

Segundo o InfoGripe, 12 das capitais estão em macrorregiões de saúde em que o nível de transmissão do coronavírus é muito alto, dez registram nível extremamente alto, e cinco, nível alto. Os dados são preocupantes, diz o boletim.

O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, alertou que essa situação deve manter o número de hospitalizações e óbitos em patamares altos, com tendência de agravamento nas próximas semanas caso não haja nova mobilização por parte das autoridades e população.

“Mesmo com essa redução [de casos e mortes], ainda temos a imensa maioria do território em situação gravíssima. Todos os Estados apresentam macrorregiões em nível alto ou superior [de transmissão de coronavírus], sendo que 12 Estados e o Distrito Federal apresentam macrorregiões em nível extremamente elevado”, afirmou Gomes em nota. “Isso evidencia a necessidade de manutenção de medidas de mitigação da transmissão”, conclui o texto do pesquisador.

Gomes destacou a necessidade de reavaliar as flexibilizações já implementadas nos Estados com sinal de retomada do crescimento ou estabilização ainda em patamares elevados.

Em outra análise sobre a tendência da pandemia, o coordenador de dados da Rede Análise Covid-19, Isaac Schrarstzhaupt, afirma que alguns locais apontam indícios de reversão de tendência de casos.

Espírito Santo, Mato Grosso e Bahia são os Estados que mais apontam nessa direção. O Rio de Janeiro apresenta uma estabilização, mas num nível alto.

O cálculo feito pelo especialista leva em conta a média móvel de sete dias da taxa de crescimento de casos e óbitos.

“Estamos vendo indícios bem iniciais de reversão e emitimos um alerta por precaução”, afirma Schrarstzhaupt.

Ele pondera que em ocasiões anteriores o movimento começou com desaceleração da queda, estabilização e aumento de casos e mortes, mas há um elemento novo agora: o avanço da vacinação é o principal, que muda a proporção entre casos e mortes vista anteriormente. As vacinas barram o agravamento da doença nas pessoas infectadas e reduzem as mortes por covid.

Por outro lado, há o fator Delta. Na sexta-feira, a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo informou que dois pacientes do interior de São Paulo foram diagnosticados com a variante. São três os casos confirmados da nova cepa no Estado. No país, o número se aproxima de cem.

Os novos casos foram confirmados em um homem, de 44 anos, que mora em Pindamonhangaba, e em uma mulher, de 30 anos, de Guaratinguetá. Os dois tiveram apenas sintomas leves. Os municípios e o governo estadual ainda estudam se houve transmissão comunitária nesses casos. Na semana passada, o Rio de Janeiro também confirmou a transmissão comunitária da variante Delta no Estado - são 74 casos confirmados.





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