Mundo Domingo, 30 de Outubro de 2022, 15h:00 | Atualizado:

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ONDA ODIOSA

'É o Brasil que não queremos', diz Lula sobre Zambelli

 

G1

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O ex-presidente e candidato do PT ao Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou neste domingo (30) o comportamento da deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL), que sacou uma arma e apontou para um homem no meio da rua nos Jardins, área nobre de São Paulo, na tarde deste sábado (29).

 

"O que nós vimos ontem é o Brasil que não queremos, estamos lutando para ser um país civilizado, onde as pessoas se respeitam, onde uma deputada não pode sacar uma arma e apontar para um cidadão. Foi uma cena grotesca”.

A afirmação foi dada pelo ex-presidente em coletiva de imprensa em São Bernardo do Campo, logo após votar.

Lula comparou com o ocorrido com a deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP), que registrou um boletim de ocorrência após ser hostilizada por bolsonaristas em Belo Horizonte.

“Ela foi ofendida e foi até uma delegacia prestar depoimento. É simples”.

O caso

A confusão envolvendo a deputada Carla Zambelli foi presenciada por diversas pessoas que passavam no local.

A cena da parlamentar com a arma foi filmada pelo jornalista Vinícius Costa, que estava com amigos no bar onde a deputada entrou com a arma em punho. As imagens viralizaram nas redes sociais, se tornando um dos assuntos mais comentados do Twitter. O embate de Zambelli foi com um grupo de apoiadores de Lula (PT).

Outra imagem mostra momentos após a discussão, quando Zambelli tropeça e cai na calçada quando ia sair correndo atrás do homem. Ele se afasta, e a deputada vai atrás.

Ainda é possível ver que um segurança de Zambelli, que também estava no tumulto, saca uma arma e também corre atrás do apoiador de Lula. Outras pessoas correm e, pouco depois, é possível ouvir um disparo.

O homem perseguido corre para dentro de um bar na esquina com a rua Joaquim Eugênio de Lima. Em outro vídeo é possível ver a deputada andando com uma arma em riste. Ela entra no bar e manda o homem se deitar.

De acordo com os vídeos, tudo começou em uma calçada na Alameda Lorena, no bairro dos Jardins. É possível ver que a deputada, de camiseta verde, tenta partir para cima de um homem negro depois que ele faz xingamentos para ela e diz "amanhã é Lula, papai".

O que dizem as testemunhas

Testemunhas ouvidas pela TV Globo relatam que houve correria quando pedestres e clientes de restaurantes viram a deputada federal sacando a arma.

"A gente estava aqui sentado conversando, quando vimos um princípio de tumulto, a uns 100 metros daqui. E aí nesse princípio de tumulto, ouvimos dois disparos. Todo mundo se assustou. Teve gente que correu. A gente correu para dentro do bar. Nisso que a gente correu para dentro do bar, algum deles falou 'corre para fora'. Uma turma correu para fora, só que eu fiquei entre duas mesas. Foi a hora que o rapaz entrou correndo dela."

"Entraram dois seguranças dela e um deles gritava 'aqui é polícia', dando tapa no cara. Ela entra logo depois. Nisso que ela entra logo depois, eu já levanto as mãos, porque fiquei entre duas mesas, e aí eu levanto as mãos e aí ela entra xingando, e o rapaz falando 'eu não quero morrer, não quero morrer, para de apontar arma para mim'. Aí ela vira arma para a minha cara, depois volta para ele. E eu só com mão para cima. Um cara de azul me tira do meio da confusão. Saí meio assustado e a perna está tremendo ainda", diz João Guilherme Desenz, vice-presidente estadual da Juventude Socialista do PDT.

O advogado Victor Marques também relatou o que viu. "Ela veio com a arma apontada no meio da rua. Chegou com arma apontada, correndo no meio da rua, e a todo momento apontada. Em nenhum momento abaixa a arma, e ela o faz pedir desculpas. Só ia liberar se pedisse desculpas."

As testemunhas ainda relataram o que a deputada falava para o rapaz dentro do bar. "Pro chão, pro chão, pro chão. A todo momento determinando que fosse para o chão", diz Victor

"Deita no chão, deita no chão. Você me xingou, você me xingou. Vai pro chão", acrescenta João Guilherme.

O que diz a deputada

Em suas redes sociais, Zambelli divulgou um vídeo contando sua versão. "Estou fazendo um boletim de ocorrência. Eu fui agredida. [...] Me empurraram no chão. Um homem negro. Eles usaram um negro pra vir em cima de mim", diz ela no vídeo.

"Eram vários. Aí eu estava aqui saindo do restaurante, eles tinham visto a gente antes, no vidro aqui, vários homens se aproximaram, uma mulher de camiseta vermelha ficou do lado de lá dando cobertura. Todos eles se evadiram. [...] E aí quando me empurrou, eu caí, saí correndo atrás dele, falei que ia chamar a polícia, que ele tinha que ficar aqui para esperar polícia chegar."

Zambelli, por ser deputada, pode ter porte de arma. Segundo, a Secretaria da Segurança, o porte de arma de Zambelli é particular e foi emitido pela PF. Em um vídeo de 2020, ela comemorou nas redes sociais ter conseguido porte de uma arma calibre 38. Ela tem 3 pistolas e um revólver com registro válido no Sistema Nacional de Armas (Sinarm).





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Comentários (1)

  • Raimundo

    Domingo, 30 de Outubro de 2022, 15h52
  • Dois marginais enormes chamavam de prostituta e a atacaram corpo a corpo até deram uma cotovelada e a derrubaram! Imagina se fosse uma daquelas histéricas da oposição.
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