Deputado federal licenciado, Eduardo Bolsonaro afirmou estar “100% pronto” para disputar a Presidência da República em 2026. A declaração foi feita durante a Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC, na sigla em inglês), em Miami, no fim de semana, antes da nova internação hospitalar de Jair Bolsonaro por problemas gástricos.
Em entrevista ao comunicador bolsonarista Allan dos Santos, considerado foragido da Justiça brasileira, Eduardo disse que poderá entrar na disputa de 2026 caso receba a “missão” do pai, declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo o deputado, para que isso ocorra, o governo dos Estados Unidos precisa estabelecer sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
“Primeiro a gente tem que sancionar o Moraes, né? Mas eu acho que, saindo a sanção do Moraes, a gente também tem uma boa janela de oportunidade para deixar o Congresso livre e as instituições do Brasil livres para reagir a tudo isso. Porque, dentro do Congresso, você já tem os votos para a anistia ser aprovada. Falta só o Congresso sair das garras do Alexandre de Moraes”, avaliou o deputado.
“Quando isso acontecer, a gente vai ter a possibilidade de Bolsonaro ser presidente, se candidatar no ano que vem. Mas se ele passar a missão para mim, pode ter certeza de que eu estou 100% pronto para cumpri-la”, afirmou Eduardo Bolsonaro.
Sanções
De acordo com Eduardo Bolsonaro, que está nos EUA desde fevereiro em busca de apoio contra as decisões de Alexandre de Moraes, as sanções previstas pelo governo norte-americano ainda não foram decretadas devido ao conflito no Oriente Médio, com os ataques de EUA e Israel ao Irã.
“A boa notícia é que já está tudo pronto para que as sanções ocorram. Toda a burocracia já foi feita, e elas só não saíram ainda por conta dessa prioridade com o que está se passando agora na guerra de Israel com o Irã, que está tendo o apoio dos Estados Unidos. Então a gente está buscando espaço para que seja dada essa atenção ao Brasil”, afirmou o deputado licenciado.
“A gente sabe que o Irã representa o risco de uma guerra nuclear, o risco de arrastar o mundo para uma terceira guerra mundial. Mas o Brasil também: a cada momento que se deixa de sancionar o Moraes, abre-se uma janela de oportunidade para o regime se consolidar”, comparou.
“Veja agora, né? Esta semana houve uma decisão determinando que as empresas de redes sociais serão responsáveis por aquilo que for postado pelos usuários — algo que terá repercussões bizarras. Essa institucionalização da censura ‘à la China’ vai gerar consequências graves. E só ocorreu porque o Alexandre de Moraes está confortável, encabeçando esse movimento. Se ele tivesse sido sancionado uma semana atrás, isso não estaria ocorrendo hoje”, concluiu Eduardo Bolsonaro.
Zulu
Terça-Feira, 22 de Julho de 2025, 08h58Fabio
Segunda-Feira, 21 de Julho de 2025, 23h43